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"Mensagem" - poemas

beatriz.20082005

Created on January 10, 2023

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Transcript

"Mensagem"

Fernando Pessoa

Índice

Assunto

Leitura do poema

Recursos expressivos

Análise do Título e do poema

Estrutura interna e Externa

Tema

"A Outra Asa do Grifo" - "Afonso de Alburquerque"

"A outra Asa do Grifo" - "Afonso de Alburquerque"

De pé, sobre os países conquistados Desce os olhos cansados De ver o mundo e a injustiça e a sorte. Não pensa em vida ou morte, Tão poderoso que não quer o quanto Pode, que o querer tanto Calcara mais do que o submisso mundo Sob o seu passo fundo. Três impérios do chão lhe a Sorte apanha. Criou-os como quem desdenha.

"A outra Asa do Grifo" - "Afonso de Alburquerque"

O grifo é um animal mítico com bico e asas de àguia e corpo de leão. Este animal simboliza a união de duas naturezas: a humana e a divina. A sua forma de leão liga-se à terra e as suas características de àguia e o seu poder de ascensão, remete para o céu. Neste sentido, o grifo associa-se à própria natureza de Cristo.

"A outra Asa do Grifo" - "Afonso de Alburquerque"

Afonso de Albuquerque foi um militar e diplomata. Teve uma grande importância na construção do Império Português do Oriente. Devido à sua enorme ambição, conquistou Goa e Ormuz, com o objetivo de controlar a navegação no Mar Vermelho e as trocas comerciais.

"A outra Asa do Grifo" - "Afonso de Alburquerque"

De pé, sobre os países conquistados Desce os olhos cansados De ver o mundo e a injustiça e a sorte. Não pensa em vida ou morte, Tão poderoso que não quer o quanto Pode, que o querer tanto Calcara mais do que o submisso mundo Sob o seu passo fundo. Três impérios do chão lhe a Sorte apanha. Criou-os como quem desdenha.

  • É despida a capa de herói de Afonso de Albuquerque, este encontra-se cansado de ver o mundo, as injustiças e a sorte (destino).
  • Ele já não quer mais, já não deseja nada pois, o ter muito não trouxe só coisas boas também trouxe a inveja, o azar, o futuro negro.
  • Referência aos "Três impérios" que podem ser Goa, Ormuz e Malaca ou o império material, espiritual e cultural.

"A outra Asa do Grifo" - "Afonso de Alburquerque"

Tema Assunto

Oeu poético apresenta Afonso de Albuquerque como um exemplo de herói a seguir que mesmo em tempos de crise mantém-se firme. É um pouco despida a capa de herói quando mostra que o mesmo se encontra cansado, cansado de ver o mundo, as injustiças e a sorte (destino). Com esse sentimento, ele já nem pensa em vida nem em morte, não pensa em nada. Encontra-se numa posição de quem já não quer mais, já não deseja pois o ter muito (as conquistas) não trouxe só coisas boas mas também a inveja, o azar, um futuro negro. Apesar disso, é recordado como quem conquistou três impérios do chão e os fez crescer com facilidade. Tais três impérios podem ser: Goa, Malaca e Ormuz ou o império material (conquista), espiritual (os missionários cristãos na Índia) e cultural (projetos para a miscigenação - casamento entre portugueses e mulheres goesas).

O tema deste poema é centrado no desempenho de Afonso de Albuquerque na Ásia, por contrapartida com o seu descrédito na corte de Lisboa.

"A outra Asa do Grifo" - "Afonso de Alburquerque"

De pé, sobre os países conquistados Desce os olhos cansados De ver o mundo e a injustiça e a sorte. Não pensa em vida ou morte, Tão poderoso que não quer o quanto Pode, que o querer tanto Calcara mais do que o submisso mundo Sob o seu passo fundo. Três impérios do chão lhe a Sorte apanha. Criou-os como quem desdenha.

polissíndento

antítese

personificação

comparação

"A outra Asa do Grifo" - "Afonso de Alburquerque"

Estrutura interna - Não divisivelEstrutura externa - uma estrofe de 10 versos (décima) onde temos cinco versos decassílabos e cinco versos hexassílabos, alternados entre si. O seu esquema rimático é AABBCCDDEE, rima emparelhada.

Intertextualidade - Os Lusíadas

Nem deixarão meus versos esquecidos Aqueles que nos Reinos lá da Aurora Fizeram, só por armas tão subidos, Vossa bandeira sempre vencedora: Um Pacheco fortíssimo, e os temidos Almeidas, por quem sempre o Tejo chora; Albuquerque terríbil, Castro forte, E outros em quem poder não teve a morte.

Esta luz é do fogo e das luzentes Armas com que Albuquerque irá amansando De Ormuz os Párseos, por seu mal valentes, Que refusam o jugo honroso e brando. Ali verão as setas estridentes Reciprocar-se, a ponta no ar virando Contra quem as tirou; que Deus peleja Por quem estene a fé da Madre Igreja

Canto I, estância 14
Canto X, estância 40

"Epitáfio de Bartolomeu Dias"

"Epitáfio de Bartolomeu Dias"

Jaz aqui, na pequena praia extrema, O Capitão do Fim. Dobrado o Assombro, O mar é o mesmo: já ninguém o tema! Atlas, mostra alto o mundo no seu ombro.

"Epitáfio de Bartolomeu Dias"

"Epitáfio" significa sobre o túmulo, são as placas que se põe nos túmulos com frases queridas para o familiar perdido com a intenção de homenageá-lo.

"Epitáfio de Bartolomeu Dias"

Bartolomeu Dias foi um famoso navegador português que ficou conhecido por ser o primeiro europeu a dobrar o Cabo da Boa Esperança em 1488 e abrir o caminho marítimo para a Índia.

"Epitáfio de Bartolomeu Dias"

Jaz aqui, na pequena praia extrema, O Capitão do Fim. Dobrado o Assombro, O mar é o mesmo: já ninguém o tema! Atlas, mostra alto o mundo no seu ombro.

  • Bartolomeu Dias está morto no sul de África após dobrar o temido Cabo da Boa Esperança. Tal acontecimento marca o fim do mundo conhecido.
  • Ninguém deve temer o Cabo agora e nem o mar desconhecido.
  • Atlas é um titã condenado por Zeus. Aqui ele carrega a Terra nos seus ombros e mostra-a.

"Epitáfio de Bartolomeu Dias"

Tema Assunto

O sujeito poético não fala de Bartolomeu Dias em vida mas sim no seu epitáfio, depois da morte. É destacado os seus feitos enquanto navegador principalmente a passagem do temido Cabo da Boa Esperança. O eu poético faz o enterro na praia onde se julga ter sido o local onde a frota ancorou em 1488, nesse momento Bartolomeu Dias virou o “Capitão do Fim” do fim do mundo conhecido após “dobrado o assombro”. Vencido o terror o sujeito poético apela para deixar o receio de lado, o fim do mundo era uma ilusão criada com base no medo, não há razão para o recear. No último verso, o eu lírico evoca uma figura mitológica, Atlas, que mostra o mundo todo por vontade própria.

O tema deste poema é a enorme conquista de Bartolomeu Dias: a dobragem do Cabo da Boa Esperança.

"Epitáfio de Bartolomeu Dias"

Jaz aqui, na pequena praia extrema, O Capitão do Fim. Dobrado o Assombro, O mar é o mesmo: já ninguém o tema! Atlas, mostra alto o mundo no seu ombro.

dupla adjetivação alegoria

"Epitáfio de Bartolomeu Dias"

Estrutura interna - poema não divisível em partes, análise já feita. Estrutura externa - uma estrofe de 4 versos (quadra) onde temos versos com 10 sílabas métricas (decassílabos). O seu esquema rimático é ABAB - rima cruzada.

Intertextualidade - Os Lusíadas

-" Aqui espero tomar, se não me engano, De quem me descobriu, suma vingança. E não se acabará só nisto o dano Da vossa pertinace confiança; Antes em vossas naus vereis cada ano, Se é verdade o que meu juízo alcança, Naufrágios, perdições de toda sorte, Que o menor mau de todos seja a morte.

Canto V, estância 44

"Os Colombos"

"Os Colombos"

Outros haverão de ter O que houvermos de perder. Outros poderão achar O que, no nosso encontrar, Foi achado, ou não achado, Segundo o destino dado. Mas o que a eles não toca É a Magia que evoca O Longe e faz dele história. E por isso a sua glória É justa auréola dada Por uma luz emprestada.

"Os Colombos"

O título advém do conhecido navegador e cartógrafo Cristóvão Colombo, o responsável pela liderança da frota que alcançou a América pela primeira vez em 1492.

"Os colombos"

"Os Colombos"

  • Na primeira estrofe são referidos os navegadores estrangeiros, denominados ("Outros") na época dos Descobrimentos, dizendo que só descobriram o que os portugueses não quiseram explorar (versos 1 e 2). Fernando Pessoa fala sobre o que Portugal perdeu ao não ajudar Colombo na sua expedição, sendo Espanha a fazê-lo.
  • Na segunda estrofe é referido Cristóvão Colombo, realçando as suas descobertas, como a América, através de Espanha, e não de Portugal. O eu poético diferencia Colombo de todos os outros navegadores porque foi ele o único que conseguiu alcançar o que ninguém conseguia ver, ("O Longe") verso 9.

Outros haverão de ter O que houvermos de perder. Outros poderão achar O que, no nosso encontrar, Foi achado, ou não achado, Segundo o destino dado. Mas o que a eles não toca É a Magia que evoca O Longe e faz dele história. E por isso a sua glória É justa auréola dada Por uma luz emprestada.

"Os Colombos"

Tema Assunto

O sujeito poético faz referência às perdas dos portugueses, aos territórios que não quiseram ou que não acharam ou que outros acharam mas que Portugal já tinha encontrado, estando presente um certo exagero no nacionalismo uma vez que o que é dado a entender é que os outros países só têm o que Portugal não quis para si. Levando-nos ao tempo de Cristóvão Colombo que descobriu a América, sem querer, em nome de Espanha e não de Portugal, pois o mesmo recusou os seus cálculos. Apesar de Espanha estar de acordo, os cálculos estavam errados, aceitaram a sua proposta, visto que ansiavam por conquistas ultramarinas. Com o pronome “eles” na segunda estrofe, o eu lírico refere-se aos “colombos”, ou seja, aos navegadores estrangeiros e ao próprio Colombo e faz a distinção entre esses e os portugueses: é a originalidade que os separa e a glória que os mesmos têm é apenas um reflexo da luz das descobertas portuguesas, é vã e não se confunde com a verdadeira, é inferior e subordinada.

O tema deste poema é a época das grandes navegações. Apresentando a ideia de supremacia de Portugal.

"Os Colombos"

anáfora

Outros haverão de ter O que houvermos de perder. Outros poderão achar O que, no nosso encontrar, Foi achado, ou não achado, Segundo o destino dado. Mas o que a eles não toca É a Magia que evoca O Longe e faz dele história. E por isso a sua glória É justa auréola dada Por uma luz emprestada.

antítese

metáfora

metáfora

"Os Colombos"

Estrutura interna - este poema pode ser dividido em duas partes. A primeira parte a primeira estrofe e a segunda parte a segunda estrofe. Estrutura externa - duas estrofes de 6 versos (sextilhas) onde temos versos de 7 sílabas métricas. O seu esquema rimatico é AABBCCDDEEFF - rima emparelhada.

Intertextualidade - Os Lusíadas

Vede-los Alemães, soberbo gado, Que por tão largos campos se apascenta, Do sucessor de Pedro, rebelado, Novo pastor, e nova seita inventa: Vede-lo em feias guerras ocupado, Que ainda com o cego error se não contenta, Não contra o soberbíssimo Otomano, Mas por sair do jugo soberano.

Canto VII, estância 4

Intertextualidade - Os Lusíadas

Vede-lo duro Inglês, que se nomeia Rei da velha e santíssima cidade, Que o torpe Ismaelita senhoreia, (Quem viu honra tão longe da verdade?) Entre as Boreais neves se recreia, Nova maneira faz de Cristandade: Para os de Cristo tem a espada nua, Não por tomar a terra que era sua.

Canto VII, estância 5

Intertextualidade - Os Lusíadas

Pois que direi daqueles que em delícias, Que o vil ócio no mundo traz consigo, Gastam as vidas, logram as divícias, Esquecidos de seu valor antigo? Nascem da tirania inimicícias, Que o povo forte tem de si inimigo: Contigo, Itália, falo, já submersa Em Vícios mil, e de ti mesma adversa.

Canto VII, estância 8