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Revista de psicanálise para todos os tipos de público. Assuntos de interesse atuais como neurociência, traumatização, história da psicanálise brasileira, contos e mitos, psicanálise no esporte, etc.

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Abril• 2023

Valquíria PintoIdealizadora e CEO do Instituto Alma e Coração

História da PsicanáliseTraumasNeurociênciaAs mensagens ocultas dos contos de fadas - Uma visão psicanalíticaTranstornos da InfânciaPsicanálise EsportivaÉtica e PsicanáliseAnálise Corporal e a PsicanáliseDependência QuímicaMitologia

saberes

01

Revista de Psicanálise

sabOres

&

Valquíria PintoIdealizadora e CEO do Instituto Alma e Coração

História da PsicanáliseTraumasNeurociênciaTranstornos da InfânciaPsicanálise EsportivaÉtica e PsicanáliseAnálise Corporal e a PsicanáliseDependência QuímicaMitologiaNovembro • 2022

saberes

01

Revista de Psicanálise

sabOres

&

Abril• 2023

João e Maria

As mensagens ocultas dos contos defadas - Uma visão psicanalítica

Freud recorreu sim aos mitos

Mitologia

Antes do século XX, apenas para vagabundos

Psicanálise Esportiva

Comportamento de Compulsão

Dependência Química

Análise do Caráter

Análise Corporal e a Psicanálise

Tarefa desafiadora

Ética e Psicanálise

TDAH

Transtornos da Infância

Contexto histórico

Neurociência

O trauma nosso de cada dia

Traumas

Contexto histórico e correntes do pensamento filosófico

História da Psicanálise

O estudo constante é de fundamental importância para o desenvolvimento pessoal e o aprimoramento de nosso serviço, enquanto psicanalistas. O saber é a fonte dos recursos para o entendimento da mente humana.O saber isolado não é válido se não introjetado e experienciado em nossa própria vida. Podemos ler todos os livros sobre café, mas somente tomando o café entenderemos seu sabor.A proposta dessa revista é trazer as reflexões que surgem a partir da introjeção do conhecimento em nossas vivências e cultura.Convidamos todos vocês a embarcarem nessa aventura de auto descobrimento. Boa leitura!Luciana Gutierrez

Editorial

Índice

CHAVE RDA: 125.898BR

Precursores da Psiquiatria: Ideais revolucionários franceses

ÉDOUARD SÉGUINPsiquiatria eminentemente moral

AUGUSTE MOREL

ESQUIROL

PHILIPPE PINELDescreveu uma nova especialidade médica que viria a se chamar Psiquiatria

Os ideais revolucionários franceses foram os precursores do pensamento que dominava a classe médica. Philippe Pinel foi o médico que cunhou o termo psiquiatria em 1847. Nomes como Esquirol, Auguste Morel e Édouard Seguin se destacaram no desenvolvimento dessa nova especialidade.Durante esse período o Brasil se encontrava na transição entre o Império e a República. Desenvolveremos mais esse tema na próxima edição.

Luciana Gutiérrez Psicanalista Integrativa e Programadora Mental

Duas teorias evolutivas eram discutidas na Europa: o mendelismo e o lamarckismo. A primeira sugeria que o ser humano seria escravo da genética e que haveria a possibilidade da degeneração da raça. Já Lamarck contrapôs a Mendel dizendo que o ambiente influenciaria a genética e que as características adquiridas poderiam ser herdadas, sendo assim, a hereditarie-dade seria guardiã de um poder.As especulações sobre o significado de hereditariedade biológica tiveram um impacto fatídico nas ideias políticas e científicas do século XX.

Para compreender como a Psicanálise se constituiu é preciso contextualizar o período histórico entre a segunda metade do século XIX e o início do século XX na Europa e traçar um paralelo com a história do Brasil.

Psicanálise no Brasil

Contexto histórico e correntes do pensamento filosófico

Foi uma fase de inúmeras mudanças, marcada por revoluções, descobertas, críticas e inovações em todos os campos do conhecimento.Passou a existir uma necessidade de um senso emocional e orgânico para contrapor com o racionalismo vigente. Ideias fundamentais que ilustram esta mudança são a evolução, os direitos humanos e civis, a democracia e o nacionalismo.Nomes como Goethe, Charles Darwin e Sigmund Freud se destacam no cenário mundial.

Title 1

CHAVE RDA: 125.900BR

Traumas

O TRAUMA NOSSO DE CADA DIA

Para começar nosso diálogo: o trauma faz parte da vida. Desde o início dos tempos nos deparamos e nos recuperamos de ataques constantes, incontáveis desastres tanto naturais quanto causados pelo homem, Violência e traições em nossas vidas pessoais. Essas experiências traumáticas deixam marcas de forma visível em todos os campos da história dos países e culturas, assim como nos lares impactando fortemente as famílias. Essas que muitas vezes guardam, consciente ou inconscientemente, em silêncio seus segredos obscuros de geração em geração.Trauma não é algo meramente acometido no corpo, também deixam marcas na mente, nas emoções, nos sistemas biológico e imunológico, comprometendo a capacidade de lidar com as situações corriqueiras da vida.

O trauma afeta não apenas a pessoa diretamente acometida, mas também as que estão ao seu redor.

Alcides Santos, Psicanalista trauma-informed.

procura por esquecimento quando se trata de dores traumáticas.Um evento traumático pode ser reavivado ao menor sinal de perigo ou da lembrança do evento que causou o sofrimento. Neste sentido, o aparelho cerebral imediata-mente responde com hormônios de estresse pelo organismo, desencadeando a partir daí todas as emoções e sensações físicas que provocam a angustia paralisante do medo, como se as feridas fossem reabertas.

Relatos pós guerra, apontam que soldados regressos frequentemente apresentam acessos de raiva e vazio emocional. Pessoas que vivem com indivíduos com transtorno de estresse pós-traumático (TEPT) geralmente sofrem de depressão.Há indício de que mães com quadros de depressão podem deixar seus filhos inseguros e ansiosos. Uma criança exposta à violência familiar poderá, quando adulto, ter dificuldade em estabelecer relacionamentos estáveis baseados na confiança.Apesar da busca por deixar para trás os eventos traumáticos, nosso cérebro, que tem por objetivo, dentre tantas outras funções, a de manter a nossa sobrevivência, este não atua muito bem quando a questão é de negação ou da

Title 1

CHAVE RDA: 125905BR

Durante o Império Romano, em concor-dância com Hipócrates, o médico Galeno (130-200 d.C) observou que os gladiadores após sofrerem danos no cérebro desenvolviam alterações mentais.Com suas dissecções dos cérebros de animais evidenciou 2 partes do encéfalo: o cérebro e o cerebelo. No seu estudo sugeriu que o cérebro era o receptor das sensações e o cerebelo comandava os músculos. A teoria de Galeno permane-ceu por quase 1.500 anos, e só no final do século XVIII o sistema nervoso foi compreendido na sua divisão anatômica e fisiológica em sistema nervoso central (SNC) e sistema nervoso periférico (SNP).A neurociência está em evolução desde sua origem, falaremos das principais descobertas do século XIX e XX na próxima edição.

Trepanação, o mais antigo procedimento cirurgico

Regina KleinPsicanalista, Enfermeira e pós-graduanda em Neuropsicanálise

A neurociência foi aplicada em múltiplos contextos na história da humanidade. As primeiras evidências envolvendo a neurocência surgiram em 2500 a.C, onde na tentativa de tratar transtornos cerebrais, os crânios eram perfurados por um procedimento cirúrgico chamado de trepanação. Na Grécia Antiga em 450 a.C, os gregos começaram a acreditar que o cérebro era o centro das sensações humanas. Hipócrates (460-379 a.C) defendia que o encéfalo exercia o maior poder sobre o homem, já Aristóteles (384-322 a.C) afirmava que o encéfalo era o “radiador”, resfriando o sangue, e que o órgão superior e centro do intelecto era o coração, o que superaquecia o sangue.

Neurociência

contexto histórico

Title 1

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Referências: CORSO, D. L. & CORSO, M. Fadas no Divã – A psicanálise nas histórias infantis. Porto Alegre. Artmed: 2006. (EN)CENA. JOÃO E MARIA: ASPECTOS SIMBÓLICOS DO INCONSCIENTE. Hellen Reis Mourão, 2015. Disponível em https://encenasaudemental.com/personagens/joao-e-maria-aspectos-simbolicos-do-inco nsciente/ Acesso em: 30/11/2020

Andréa CoelhoPsicanalista interativa e psicopedagoga.

As mensagens ocultas dos contos de fadas - Uma visão psicanalítica

Com relação à comerem a casa (fase oral - primeira forma de obter satisfação), saciam-se e, nesse momento, temos o início da independência do domínio materno, uma alforria à submissão parental, é como se dissessem “ agora provemos nosso próprio alimento” (fase anal - controle), porém ainda estão vinculados aos cuidadores. Quando Maria mata a bruxa, que aparentemente era bondosa (aqui a mensagem é de que não se pode confiar em estranhos, mesmo que aparentem bondade), demonstra que se pode obter a vitória com trabalho árduo e que nem sempre os adultos (representado pela bruxa) estão corretos, uma vez que quem morre é a mulher. Ela sai da posição de passiva para a ativa, demonstrando que está tudo bem crescer, que consegue matar meus demônios internos e seguir (transição do período de latência para a fase genital).Atravessando o rio quebram todos os vínculos com seus tormentos, cortam o cordão umbilical definitivamente e estão prontos para viverem na fartura.

O que conhecemos deste conto de fadas é que os irmãos foram abandonados pelo pai e pela madrasta para “evitar” que todos morressem de fome. Após duas tentativas foram bem sucedidos. Como as crianças eram astutas, acabaram por encontrar a casa da bruxa, que era construída com guloseimas. A bruxa aprisiona as crianças e Maria se vê obrigada a cozinhar para engordar o irmão, já que a horrenda senhora tem a intenção de transformá-lo em quitute. Graças a esperteza, conseguem matar a bruxa, fugir com alguns bens valiosos e retornar ao seu lar, onde são recebidos pelo pai, pois a madrasta está morta.Ao analisar essa história percebo que, na ânsia de suprir tanto a fome (ausência materna - colo, carinho) quanto a sensação de abandono (quebra de vínculos, necessidade de crescer, porém sem saber como), eles se armam de coragem e determinação para superar tais obstáculos e vencem o mundo lá de fora (representada pela floresta e seus perigos).

João e Maria

Title 1

CHAVE RDA: 125902BR

Adaptação da ilustração de Mary Grace Heartlein

TDAH

Transtornos da infância

Segundo Hernández (2007), "não existe nenhum marcador biológico que permita efetuar com certeza o diagnóstico de TDAH" (p. 127).

Tais alterações acarretam prejuízo na formação educacional e social do indivíduo.Estudos indicam que este transtorno tem grande incidência na infância e adolescência e pode estar presente em até 5% da população em idade escolar, persistindo na vida adulta em torno de 60% dos casos. Portanto, realizar o tratamento dos pais é fundamental para o sucesso do tratamento nas crianças e adolescentes. O diagnóstico é clínico e baseia-se fundamentalmente nos sintomas, que se desenvolvem nos primeiros anos de vida, isolados ou combinados, e é realizado a partir dos 6 anos de idade.

Estas alterações têm origem genética denotando o desenvolvimento cerebral na vida intra-uterina. Muitas vezes observa-se o mesmo diagnóstico nos pais.

O TDAH é um transtorno comportamental de origem neurobiológica , relacionado às alterações químico-cerebrais.

impulsivos em suas falas e atitudes, esquecem compromissos importantes, perdem objetos constantemente, não param em empregos e trocam de relacionamentos amorosos constantemente.Segundo a Associação de Psiquiatria Americana (APA), caracteriza-se o transtorno de déficit de atenção/hiperatividade (TDAH) advindo a intensidade e a frequência dos comportamentos acima citados.

Deve-se também observar a epigenética, as questões ambientais e o ambiente no qual a criança está inserida e a tríade sintomatológica: desatenção; hiperati-vidade; impulsividade.

Sabemos que hoje em dia está sendo muito falado que são: Desorganizados, impulsivos, desatentos com excesso de energia e a mil por hora. Nesta primeira edição iremos falar um pouco sobre aquelas crianças hiperativas, que não conseguem ficar paradas, correm de um lado para o outro, escalam móveis, vivem a mil como se estivessem plugadas na tomada, são desatentas, sonham acordadas e se distraem ao menor dos estímulos. Frequentemente apresentam dificuldades de aprendizagem e de relacionamento. Tais comportamentos geram incompreensão de pais, amigos e professores, tornando-as rotuladas perante o grupo de forma pejorativa. Da mesma forma, já ouvimos falar de adultos desorganizados, impacientes, cheios de energia, que estão sempre em busca de algo novo e estimulante, que iniciam vários projetos simultaneamente e os abandonam no meio do caminho, apresentam altos e baixos repentinos, são

Valéria Erli Pinto Braca Pedagoga e Psicanalista

2. A epigenética, isto é, além da genética, é a ciência que trata dos mecanismos moleculares envolvidos na interação entre fatores ambientais e a expressão da informação contida no DNA

1. Neurobiologia é um estudo pautado no Sistema Nervoso Central, onde encontra-se danos e dificulta os processos de desenvolvimento cognitivo do indivíduo. Estudos indicam que nos portadores de TDAH esta disfunção resulta em baixo desempenho

Title 1

CHAVE RDA: 125887BR

  • Os estudos incluem processos de avaliação, as práticas de intervenção ou a análise do comportamento social que se apresenta na situação esportiva a partir da perspectiva de quem pratica ou assiste ao espetáculo.
  • Consiste na descrição, explicação e no prognóstico de ações esportivas com o fim de desenvolver e aplicar programas, cientificamente fundamentados, de intervenção, levando em consideração os princípios éticos. • Os temas como a motivação, personalidade, liderança, dinâmica de grupo, pensamentos e sentimentos dos atletas foram sendo conhecidos e atualmente fazem parte das preocupações e necessidades dos profissionais e pesquisadores. Os aspectos emocionais têm sido considerados como importante diferencial em situações que necessitem grandes decisões.

Valquíria PintoIdealizadora e CEO do Instituto Alma e Coração

A função da psicologia do esporte

Psicanálise Esportiva

Antes do século XX, apenas para vagabundos

E nessa busca encontra-se uma diversi-dade de abordagens psicológicas que parte da psicanálise, do cognitivismo, do behaviorismo radical, do psicodrama, da psicologia social, da psicologia analítica ou da gestalt como referencial teórico.

  • Mas o que se encontra, apesar da proximidade, é um desconhecimento do papel do psicólogo, restringindo a tarefa, a “atletas problema” e a forma da atividade resumida à palestras. Um equívoco muito sério manifestado através do desconhecimento sobre os sentimentos e emoções que envolvem este contexto.
  • A psicologia do esporte transpõe a teorias e técnicas de várias modalidades de especialização e abordagens, para o contexto do esporte. Pode referir-se a avaliação para construir perfil e também ser usadas técnicas de intervenção para a maximização do rendimento esportivo, Tem como meio e fim o estudo do ser humano envolvido com a prática de atividade física e esportiva competitiva e não competitiva.

A psicologia do esporte tem início em seus estudos, nos meados de 1920 na União Soviética fundamentada em pesquisas experimentais psicofisiológicas. No Brasil, o pioneiro foi João Carvalhaes em 1950.

  • A inter-relação do comportamento motor, expressão corporal, condições ideoplásticas, intencionalidade pessoal, e a potencialidade integrada dos atletas.
  • Foi no século XX que o esporte começou a ser considerado um fenômeno socio-cultural, onde contempla a necessidade de atuação de diversas áreas de conhe-cimento. O que se conhece como Ciências do Esporte: antropologia, filosofia, psicologia, fisiologia, medicina, entre outras. Embora se perceba a necessidade do trabalho entre as disciplinas, contudo não representa a prática interdisciplinar os instrumentos e técnicas foram se adequando as con-dições e as instituições esportivas com sua peculiar cultura na vida dos atletas e dos cidadãos.

Title 1

CHAVE RDA: 125.897BR

A Criação de Adão Afresco de Michelangelo

Ética e Psicanálise

Além de desafiadora e de risco, é também importante porque os conceitos éticos e morais são necessários para que possamos moderar a busca inata que o ser humano tem pelo poder. Ou como dizemos na psicanálise a demonstração do “falo” e a atitude de “castração” precisam ser analisadas para que o analisando construa o seu verdadeiro “self”. Como então definir “falo” e ou a “castração” sem conceitos éticos estabelecidos.

Falar de ética no contexto psicanalítico é uma tarefa desafiadora, de risco, importante e complexa.

Desafiadora porque estabelece ideais e valores na realidade “pós-moderna”1, algo de grande dificuldade (considerando a pluralidade de contextos e nichos éticos) é de risco, pois muitos irão se opor.

David Souza Psicanalista e Pastor

1. Jean-François Lyotard é creditado como o primeiro a usar o termo em um contexto filosófico, em seu trabalho de 1979, A condição pós-moderna. 2. Evangelho de João 8, 32. Bíblia Sagrada, Nova Versão Internacional, NVI Copyright 1993, 2000, 2011 by Biblica, Insc. All rights reserved wrldwide.

E, por fim, falar de ética do ponto de vista psicanalítico é uma tarefa complexa. Isto porque não se tem como fazer a clínica psicanalítica sem uma visão dos conceitos morais em nosso contexto, muito menos dos sentimentos como culpa, frustração, medo, raiva, etc. sem discutir os conceitos morais e éticos do indivíduo na realidade que o envolve. Esta discussão precisa de profundidade e constância para ser relevante.Assim, diante da problemática apresentada, concluímos que se pretendemos ser relevantes como psicanalistas, a ética deve ser vista como objeto de reflexão constante no trabalho da análise. Somente na observação periódica da ética e da moral poderemos saber ouvir um analisando neste mundo de mudanças constantes e cada vez mais rápidas. “E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará. ”2

CHAVE RDA: 125894BR

Análise Corporal e a Psicanálise

A análise de caráter é um dos estudos que fala sobre aspecto do corpo, do nosso interior, ou seja, aquilo que ocorre dentro de você é exteriorizado através do seu corpo.

Elas começam desde a gestação até o sexto ano de idade. O Caráter, por sua vez, representa uma das maiores contribuições de Reich, aos estudos sobre a personalidade humana. Propõe uma certa correlação entre a forma corporal e a vivência de emoções (REICH, 1995). Reich – descobriu – ele viu que tinha algo a mais, percebeu que a mente e o corpo eram uma coisa só. Em 1933 ele escreveu Análise de Caráter e é sobre isso que falaremos nas próximas edições.

Freud – despertou – existe um inconsciente dentro das pessoas que comanda a vida delas sem elas perceberem.Durante sua trajetória Freud teve muitos seguidores e um deles chama-se William Reich, médico, psicanalista, era considerado um dos discípulos mais promissores do pai da psicanálise, Sigmund Freud (1856-1939).Em sua teoria não admitia uma mente separada da repercussão física no corpo e vice-e-versa.

Para entender esse tema precisamos ir lá no início, e lembrar que Sigmund Freud como sendo o pai da psicanálise dizia que a vida é dirigida pelo nosso Inconsciente, ou seja, agimos, repetimos padrões e não entendemos o porquê.

Flavia Bortolazo Psicanalista Integrativa , Analista Corporal e Programadora Mental

Title 1

CHAVE RDA: 125896BR

Crédito: Getty Images/iStockphoto

Dependência Química

Um comportamento de compulsão é aquele que faz com que a pessoa faça a princípio por prazer, mas depois traz culpa e ressentimento.

Adição é um vício que, normalmente, está associado ao consumo abusivo de álcool e outras drogas. Mas também podemos relacionar a qualquer compulsão ou dependência como: emocional, comida, sexo, compras, jogos etc. A dependência química pode começar por diversos fatores: genéticos, psicossociais e ambientais. Na tentativa de preencher uma falta interna, se faz o uso de substâncias, evitando tratar aquilo que de fato causa sofrimento. Como uma fuga da realidade.

Isadora FenoPsicanalista, Esp. Dependência Química e Comportamental

Existem diversos motivos que fazem as pessoas a usarem drogas e consequentemente se tornarem dependentes químicos.O uso descontrolado e progressivo de substâncias pode comprometer o bom funcionamento do organismo, levando a consequências graves, com prejuízos não apenas para a própria vida, mas também no ambiente familiar, e na sua vida profissional e social. Ou seja, é uma doença da qual não só o adicto tem sua vida prejudicada, mas seus familiares e pessoas próximas também. A primeira medida a ser tomada, é procurar ajuda. Por se tratar de uma doença progressiva, é muito importante começar o tratamento o quanto antes, para aumentar as chances de ter uma recuperação de sucesso. Isso nem sempre é fácil porque a maioria tem dificuldade em reconhecer que está dependente. Nesse momento, o apoio familiar é muito importante.Embora a dependência química seja uma doença tratável, é uma doença que não tem cura. Significa que a abstinência é necessária para que a recuperação seja bem-sucedida.

Title 1

CHAVE RDA: 125887BR

À esq.: Foto: zoom.com.brAbaixo: Foto: myloview.com.br

sociedade, coexistindo sempre em gran-de interação e contradições ao longo dos anos. Muitas pessoas, acreditam em alguns mitos impostos ao longo da evolução da humanidade, porém, ainda tem na filosofia algum ceticismo, buscando respostas através de causas naturais ou até mesmo confrontando ideias do passado.

Freud, o pai da Psicanálise recorreu sim aos mitos. os mitos ocupam um lugar muito privilegiado dentro da psicanálise.

Freud considerou o sonho como expressões codificadas do inconsciente, só que os mitos são partilhados em público e ao serem compreendidos, podem fornecer acesso mais amplo à mente humana. A princípio, ele serve para acolher e tranquilizar o sujeito num mundo perigoso e assustador, dando-lhe segurança com o que acontece no mundo natural passa a depender, através de suas ações mágicas, dos atos humanos. A principio, ele serve para acolher e tranquilizar o sujeito num mundo perigoso e assustador, dando-lhe segurança com o que acontece no mundo natural passa a depender, através de suas ações mágicas, dos atos humanos. Além disso, o mito também serve para fixar modelos exemplares de todas as atividades humanas e às referências e metáforas mitológicas para abordar e explicar as origens, onde vai preenchendo lacunas

Mitologia

teóricas que surgiam quando era levado a teorizar para além do que lhe parecia formalizável. Um outro fator na área da Filosofia onde junto com a mitologia buscam contar a origem do mundo e das coisas. As principais diferenças entre a mitologia e filosofia são:A mitologia narra coisas heroicas passadas, não se importa com contradições e o incompreensível, e narra à origem através das rivalidades e alianças das divindades; enquanto a filosofia busca passar a ideia de como e por que do passado, presente e futuro, como as coisas são no todo, explica a origem das coisas por elementos e causas naturais, e não aceita explicações incompreensíveis, exige coerência e lógica.Essas duas linhas de pensamentos já existem a muito tempo inseridas na

Valquíria PintoIdealizadora e CEO do Instituto Alma e Coração

Title 1

"Freud se apropria do mito de Édipo para formular sua ideia de que exista na relação da tríade (pai-mãe-criança) um desejo incestuoso da criança pela mãe e a interferência odiada do pai nessa relação.

Vamos conhecer o Édipo

Mitologia

Édipo e a Esfinge Pintura de Gustave Moreau

"A resolução do Complexo de Édipo é responsável pela inserção da criança na realidade, pela quebra das relações simbióticas, através do reconhecimento das interdições, ou seja, pelo reconhecimento do pai na relação. Esta figura paterna, inicialmente percebida como mero obstáculo à realização dos desejos, é aos poucos introjetada.O complexo de Édipo é estruturante da personalidade, e a dificuldade em ultrapassar esse momento e identificar-se a figura paterna pode ser a explicação de muitos comportamentos de dependência e imaturidade de indivíduos adultos. A inserção da figura paterna depende, entre outros elementos, da postura da mãe com relação ao pai. Não se pode falar em uma idade exata para que o complexo de Édipo se manifeste ou se dissolva. Freud falava em uma fase entre os três e os seis anos de idade."

Inicialmente, baseado nos relatos clínicos, Freud chegou a acreditar que a neurose adulta era decorrente de um trauma sexual, ocorrido na infância, que retornava anos mais tarde, na puberdade. Essa teorização, todavia, foi sendo desconstruída à medida que Freud passa a considerar que as experiências de seus pacientes se tratavam não de traumas reais, mas de fantasias. A mudança na teoria freudiana a partir disso é significativa: atribui-se grande valor ao conflito psíquico e admite-se a ambivalência de sentimentos das crianças na relação com seus pais."

Mas o que seria um complexo? - Complexo é um padrão central de emoções, memórias, percepções e desejos no inconsciente pessoal organizado em torno de um tema comum, como poder ou status. Principalmente um termo psicanalítico, é encontrado extensivamente nas obras de Carl Jung e Sigmund Freud.Assim, o Complexo de Édipo é uma formula-ção usada para explicar o desenvolvimento sexual infantil. Esse conceito foi trabalhado diversas vezes durante a construção da teoria freudiana e posteriormente por seguidores da psicanálise, tornando-se uma formulação ainda em construção à qual se dedicam inúmeros autores ao redor do mundo.""Uma das características marcantes da evo-lução do conceito de Complexo de Édipo é a atribuição, cada vez maior, de valor à fanta-sia. Isso porque a formulação edípica foi justamente a saída de Freud, quando decide abandonar a Teoria do Trauma, que colocava no plano do real a origem da neurose. Para entender melhor, vamos refazer resumida-mente esse caminho percorrido por Freud.

Valquíria PintoIdealizadora e CEO do Instituto Alma e Coração

Title 1

saberes

Revista de Psicanálise

sabOres

&

Curso O Inconsciente de 20h com certificado Karl Abraham foi um psicanalista alemão, um dos primeiros discípulos de Sigmund Freud, com quem manteve correspondência.

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KARL ABRAHAM

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