Ricardo Reis

“As rosas do jardim de Adónis”

As rosas amo dos jardins de Adónis, Essas volúcres amo, Lídia, rosas, Que em o dia em que nascem, Em esse dia morrem. A luz para elas é eterna, porque Nascem nascido já o Sol, e acabam Antes que Apolo deixe O seu curso visível. Assim façamos nossa vida um dia, Inscientes, Lídia, voluntariamente Que há noite antes e após O pouco que duramos. Ricardo Reis

Adónis

“As rosas do jardim de Adónis”

As rosas amo dos jardins de Adónis, Essas volúcres amo, Lídia, rosas, Que em o dia em que nascem, Em esse dia morrem. A luz para elas é eterna, porque Nascem nascido já o Sol, e acabam Antes que Apolo deixe O seu curso visível. Assim façamos nossa vida um dia, Inscientes, Lídia, voluntariamente Que há noite antes e após O pouco que duramos. Ricardo Reis

Apolo

“As rosas do jardim de Adónis”

As rosas amo dos jardins de Adónis, Essas volúcres amo, Lídia, rosas, Que em o dia em que nascem, Em esse dia morrem. A luz para elas é eterna, porque Nascem nascido já o Sol, e acabam Antes que Apolo deixe O seu curso visível. Assim façamos nossa vida um dia, Inscientes, Lídia, voluntariamente Que há noite antes e após O pouco que duramos. Ricardo Reis

classicismo

“Não interrogues, não é lícito saber a mim ou a ti que fim os deuses darão, Leucônoe. Nem tentes os cálculos babilônicos. Antes aceitar o que for, quer muitos invernos nos conceda Júpiter, quer este último apenas, que ora despedaça o mar Tirreno contra as pedras vulcânicas. Sábia, decanta os vinhos, e para um breve espaço de tempo poda a esperança longa. Enquanto conversamos terá fugido despeitada a hora: colhe o dia, minimamente crédula no porvir.” "Ode a Leucônoe", Horácio

Fim