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nº 02 Mai/2023 Revista de Psicanálise Saberes e Sabores
Luciana Gutierrez
Created on November 17, 2022
Revista de psicanálise para todos os tipos de público. Assuntos de interesse atuais como neurociência, traumatização, história da psicanálise brasileira, contos e mitos, psicanálise no esporte, etc.
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Transcript
&
sabOres
Revista de Psicanálise
saberes
Maio • 2023
02
História da PsicanáliseTraumas Neurociência Psicanálise Esportiva Ética e Psicanálise Análise Corporal e a Psicanálise Mitologia
Luíza MahimGuerreira malê, uma das lideranças na Revolta dos Malês em 1835, Salvador - BA
Editorial
Foto de ANDRÉ STRAUSS Os esqueletos encontrados na Lapa do Santo (município de Matosinhos - MG) indicam que os povos que viviam ali eram muito mais complexos do que se imaginava.
Índice
Maio • 2023
Somos frutos da nossa história enquanto indivíduos e sociedade. É preciso ter um olhar amoroso para o passado com o objetivo de esclarecer nossas dinâmicas, romper com as crenças que nos limitam e entender os prováveis caminhos que temos à frente. Como já dizia Freud: "O psicanalista, assim como o arqueólogo em suas escavações, deve escavar camada após camada da psique do paciente, antes de chegar aos tesouros mais profundos e valiosos.” É com essa proposta e desejo, que oferecemos a você leitor mais um número de nossa revista. Boas escavações! Luciana Gutierrez
História da Psicanálise
Primeira República, conflitos sociais e econômicos,
Traumas
Traumas e traumatizações
Neurociência
Contexto histórico - parte II
Psicanálise Esportiva
Estágios do desenvolvimento Psicossocial
Ética e Psicanálise
Vale a pena ter ética na Psicanálise?
Análise Corporal e a Psicanálise
Bioenergética e os traços de caráter
Mitologia
Pânico, na mitologia grega o deus Pã
Title 1
foi uma mulher negra, líder do movimento abolicionista e feminista no Brasil durante o século XIX. No entanto, sua trajetória e a de muitos outros personagens importantes da história do país foram apa-gadas dos livros, em grande parte devido à discriminação com o intuito de dominação econômica e política das massas. Entre os "excluídos" podemos destacar os povos indígenas que habitavam o território brasileiro antes da chegada dos europeus; as mulheres que lutaram pelos seus direi-tos e pela igualdade de gênero; os negros escravizados que se rebelaram contra o sistema escravista; os trabalhadores rurais e urbanos que lutaram por melhores condições de trabalho, entre outros. O apagamento de personagens impor-tantes da narrativa histórica oficial não é apenas uma questão de falta de informa-ção, mas sim um reflexo de um sistema de opressão que persiste até hoje no Brasil. A perpetuação dessa exclusão pode ter consequências graves na formação da consciência coletiva do país e na percep-ção que os brasileiros têm de sua própria história, além de contribuir para a manu-tenção de estereótipos e preconceitos que
afetam a população brasileira. De acordo com Lacan, o sujeito é formado por uma série de identificações ao longo da vida, nas quais ele se reconhece como uma pessoa singular, diferente dos outros. Sendo assim, reconhecer e valorizar esses personagens é fundamental para a constru-ção de uma sociedade mais justa e igualitá-ria, onde os indivíduos possam se manifestar de forma plena e autêntica. Além disso, promove-se um senso de per-tencimento e de identidade mais fortes.
Psicanálise no Brasil
Luísa Mahin
O primeiro período republicano no Brasil foi marcado por crises econômicas e várias revoltas e conflitos de ordem econômica e social: Revolta da Chibata, Revolta dos Malês, Guerra de Canudos, o auge do Cangaço, entre outras.
O processo de subjetivação envolve a internalização das normas e valores da sociedade e a construção de um ego ou "eu" que representa a identidade individual. Lacan também fala sobre a ideia do sujeito como produto do discurso.
Esses conflitos foram resultantes, entre outros motivos, da abolição da escravatura e da falta de interesse e ação, por parte do governo e elite, em absorver de forma digna na sociedade, o grande contingente de ex-escravizados. As grandes fazendas perderam sua mão de obra em muito pouco tempo e ocorreu um grande êxodo rural, que aumentou a população dos centros urbanos. As capitais que foram o destino da grande maioria, não comportaram esse aumento no contingente populacional, o que acabou gerando grandes problemas de saneamento e habitação. Dos problemas sanitários decorreram também problemas neurológicos e psicopatologias.
João Cândido Felisberto, conhecido como “Almirante Negro” foi quem liderou a Revolta da Chibata, que durou cinco dias, foi vitoriosa e depois traída. Foto de O Malho/ Biblioteca Digital Nacional
Uma das lideranças da Revolta dos Malês foi a guerreira malê Luíza Mahim. Foto: Alberto Henschel/Domíno Público
Luciana Gutiérrez Psicanalista Integ. e Programadora Mental
CHAVE RDA: 125.898BR
Title 1
A terapia psicanalítica analisa os sintomas que dão pistas sobre a existência de eventos traumáticos, assim o indivíduo terá entendimento para buscar recursos e caminhos mais seguros para lidar com suas dores e sentimentos diversos, como a culpa, vergonha e medo. Vejamos alguns sintomas que possam ser indícios de que um indivíduo possa estar enfrentando uma traumatização:
Alcides Santos, Psicanalista trauma-informed.
e Traumatizações
CHAVE RDA: 125.900BR
Nos melhores dos casos, depois de sobreviver a esses eventos, são experenciados o que chamamos de desconexão com a realidade, insegurança nas relações e uma maior dificuldade de confiar no outro e até em si mesmo. Infelizmente o trauma deixa a pessoa mais vulnerável para novos traumas. O legado do evento traumático (origem do trauma) é a traumatização. Este aqui é o momento presente, é onde fica difícil seguir adiante. Podemos dizer que não há cura para o evento traumático, pois esse já ocorreu no passado.
- Sentimento de ansiedade;
- Pânico, desespero, apreensão, raiva, culpa, irritabilidade;
- Sentimento de desamparo;
- Confusão mental e distorções cognitivas;
- Pensamentos intrusivos;
- Necessidade excessiva de controle, preocupação excessiva (paranoia);
- Dificuldade de estabelecer relacionamentos interpessoais;
- Sensação de impotência e incompetência, medo;
- Insônia e pesadelos;
- Sintomas físicos como fadiga, dores e tensão muscular,
- Outros.
esmo que não estejamos plenamente conscientes, a vida segue seu curso segundo a segundo. Sem darmos conta somos afetados por inúmeras situações que nos deixam marcas e, conforme for o impacto, definirá a forma como pensamos e silenciosamente vai moldando o que viremos a chamar de personalidade. Somos atravessados por emoções perturbadoras, memórias muitas vezes tristes, rupturas familiares, sensações de constrangimentos e até de perigo. O nosso aparelho cerebral armazena a memória traumática desses momentos disruptivos (imagens, cheiros, sons) quando o evento traumático ocorreu.
Sabemos que os traumas não possuem origem no evento traumático em si, estes se originam a partir da resposta psíquica dada para o acontecimento negativo.
A psicanálise nos ensina não apenas o que podemos suportar, mas também o que podemos evitar
O fortalecimento do estado psíquico possibilita ao analisando seguir sua trajetória de vida apesar das marcas deixadas pelos eventos traumáticos.
(Sigmund Freud 1856 – 1939)
Title 1
Jean-Martin Charcot
Neurociência
- Descoberta dos neurônios espelho (neurofisiologista Giacomo Rizzolatti - 1992);
- Em 2000 tivemos a grande descoberta da memória de curto prazo, que rendeu o prêmio Nobel ao neurocientista Erik Kandel.
- Além disso, durante o século XX a Neurociência foi reconhecida como disciplina acadêmica, e hoje é aplicada em diversas áreas como a economia, educação/pedagogia, ética, comportamento e cognição.
Já no Século XX, tivemos muitas conquistas na área da Neurociências como:
- O descobrimento da comunicação entre os neurônios (Santiago Ramón y Cajal - 1906);
- A descoberta do primeiro neuro-transmissor, a acetilcolina (fisiologista britânico Henry Hallett Dale - 1914);
- A criação da angiografia e a realização da primeira cirurgia de loboto-mia (neurologista português Egas Moniz - 1934);
- O primeiro escaneamento cerebral (entre 1970 e 1980);
contexto histórico cont.
Dando continuidade ao artigo anterior, onde vimos a evolução da Neurociência até o século XVIII, agora avançaremos um pouco mais no tempo e veremos as descobertas e avanços realizados nos séculos XIX e XX. Nesses séculos, a evolução tecnológica facilitou o estudo do encéfalo, gerando assim, grandes descobertas na área da Neurociência. Podemos dizer também, que a ciência esteve na origem da psica-nálise através dos estudos de médicos neurologistas como o francês Jean-Martin Charcot e o austríaco Sigmund Freud. As principais contribuições para a neurociência no século XIX foram:
- A divisão do encéfalo - Após a morte de um paciente com perda da fala, Paul Broca (1824-1880) dissecou o cérebro e desco-briu uma alteração que posteriormente foi nomeada como a área de Broca. Assim, se
- constatou que o encéfalo era dividido em partes que possuíam funções específicas;
- A descoberta de que os nervos eram os responsáveis pela condução dos sinais elétricos;
- A defesa da Evolução do Sistema Nervoso por Paul Gerald M. Edlman. Esse defendia a teoria da evolução de Darwin (1859), onde o cérebro ia evoluindo conforme a necessidade do indivíduo na adaptação ao ambiente em busca da sua sobrevivência;
- O reconhecimento em 1900 de que o neurônio era parte da estrutura do Sistema Nervoso.
Regina KleinPsicanalista, Enfermeira e pós-graduanda em Neuropsicanálise
CHAVE RDA: 125905BR
Title 1
Title 1
Psicanálise Esportiva
Dentro da prática do esporte há sempre fases a serem superadas que devem estar integradas aos pilares de desenvolvimento desportivo e uma boa evolução depende diretamente de uma boa base para se chegar ao alto rendimento. Essas fases/estágios do desenvolvimento Psicossocial descritas por Erik Erikson são: • Confiança x Desconfiança: até 2 anos. • Autonomia x Vergonha e Dúvida: entre 2–3 anos. • Iniciativa x Culpa: entre 4–5 anos. • Diligência x Inferioridade: entre 6–11 anos. • Identidade x Confusão de Identidade: entre 12 – 18 anos. • Intimidade x Isolamento: Entre 19 – 40 anos • Generatividade X Estagnação : Entre 40 – 60 anos • Integridade x Desespero: entre 60 anos e resto da vida Toda manifestação esportiva está intimamente relacionada à estrutura da sociedade a qual está inserida.
Um ídolo
O Inconsciente
• Considera-se que o jovem se constitui pela busca do prazer e/ou fuga ao desprazer, resultado de lembranças associadas às experiências agradáveis ou desagradáveis, positivas ou negativas que inconscientemente estão presentes nas mais diversas ações esportivas. • O jovem se encontra numa etapa de reformulação de valores e perspectivas morais, trazendo consigo uma série de normas e crenças aprendidas na família, na escola e na comunidade. • As mudanças são marcadas por lutos (per-da do corpo infantil, dos pais de criança, perda da onipotência), pois o indivíduo irá aos poucos, perdendo sua identidade infantil e busca por uma nova identidade, tanto em nível consciente como inconsciente.
• Neste momento, ele não quer o adulto conhecido, agora busca então outros adultos, aos quais tenta idealizar. As mudanças são lentas e não pode haver pressão interna e externa que seja muito intensa, pois a expressão de emoção é necessária diante desta nova construção de identidade. O adolescente passa por transformações em sua estrutura física, provocando um sentimento de impotência frente uma realidade concreta. Na tentativa de integração da personalidade o adolescente enfrenta experiências do passado infantil com as exigências do meio externo (demandas sociais: vocação para o trabalho, relação com o sexo oposto, etc.). • Sua conquista depende também do reconhecimento pelos outros, que o auxilia a encontrar uma maior segurança. • Pois se não consegue afirmar sua identidade no final da adolescência, é porque não conseguiu integrar as
Reformulação de valores
crédito: Divulgação/Museu do Futebol)
diversas identificações que seu ego realizou no decorrer do desenvolvimento e infelizmente seu resultado poderá ser de um adulto em permanente crise que representam papéis difusos e contraditórios Essa dinâmica muitas vezes é manifestada nos pensamentos de fracasso e os desafia com atitudes de onipotência.
Mudanças
Valquíria PintoIdealizadora e CEO do Instituto Alma e Coração
CHAVE RDA: 125887BR
Ética e Psicanálise
Ter ética é pensar sobre formas de fazer o bem na realidade do outro. Ter ética é usar meios para gerar vida plena. Ter ética não coaduna com lucro.
VALE A PENA TER ÉTICA NA PSICANÁLISE?
“tentado” em buscar atalhos na intenção de ter supostos resultados. Neste contexto, há muitos psicanalistas caindo no “canto da sereia” e abandonando as bases da psicanálise. A falta ética se constitui justamente enquanto são psicanalistas, mas não se utilizam das ferramentas da psicanálise. As técnicas paliativas do modismo midiá-tico prometem resultado. Afinal nada que não tenha resultado irá vender. Vender é o objetivo. Cursos e cursos sem base nem fundamento vão sendo oferecidos e métodos e métodos vão sendo apresen-tados. Contudo, apesar da roupagem interessante e atraente destes modismos, é sabido que não são experimentados no tempo e nas condições necessárias para que sua eficácia se comprove. Além disso, a teoria psicanalítica discutida há anos é ignorada e abandonada para que o “método milagroso” se torne viável. É uma verdadeira traição à história e aos homens e mulheres que no decorrer da história da psicanálise contribuíram grandemente com o desenvolvimento psicanalítico.
Os psicanalistas sofrem de um dilema em seu manejo clínico. Aplicar fielmente a abordagem da psicanálise ou utilizar se de técnicas paliativas dos modismos midiáticos. Naquela se sabe do processo e da proposta psicanalítica. Na outra, que é gerada pela sociedade de consumo, sua abordagem motivacional gera “efeito placebo” que depois de algum tempo se esvanece tornando-se obsoleta ou até piorando o quadro clínico do analisando. Isto, quando traz algum efeito. Sabemos como é um processo psicana-lítico: a busca pelo elemento recalcado, o determinismo do inconsciente que Freud defende. Sabemos da importância de analisar a partir da livre associação, dos atos falhos e dos sonhos. Somos chama-dos de “arqueólogos da psique humana”. Sabemos também do manejo clínico que deve ser feito com destreza e persistên-cia. Sabemos que diversos analisandos demoram para entrar em análise, outros não entram. Este processo é demorado, exige habilidade, exige entrega. Não é de se admirar que o psicanalista se sinta
Não quero com esta abordagem ignorar que há possibilidade de descobrir novas propostas no mundo psíquico. É neces-sário estar aberto ao novo. Mas, para que se considere o que é apresentado no presente, precisamos conhecer o que já foi elaborado e o que já se constitui funda-mento do conhecimento psicanalítico no passado. Nenhum tijolo de uma casa pode ser colocado sem que antes se faça o alicerce. Como é a estrutura psíquica segundo Freud? O que Karl Abraham fala sobre o inconsciente? O trauma deve ser visto como por Sandor Ferenczi? Qual foi a proposta da psicologia do ego em Heinz Hartmann? A psicanálise em crianças tem qual proposta segundo Melanie Klein? Enfim, muitos foram os pensadores que contribuíram significativamente para que a clínica psicanalítica se apresentasse hoje como uma forma segura de trabalhar a psique humana. As teorias foram forjadas em meio à prática com casos e casos de milhares de pessoas que foram beneficiadas.
Ter ética é fazer o melhor, mesmo que seja o mais difícil.
Afinal, a psicanálise trabalha com a qualidade da vida humana. Vida em sua qualidade precisa da maior atenção possível. Quem tem ética pensa primeiro na vida e depois na possibilidade de ganhar dinheiro. Precisamos como profissionais da psicanálise nos certificar da viabilidade de métodos que prometem resultados no trato com a psique humana. Precisamos estar em um constante aprimoramento da nossa visão psicanalítica, a fim de oferecer na clínica algo que seja seguro a aqueles que confiam em nós. Precisamos ter ética profissional no processo clínico.
David Souza Psicanalista e Pastor
CHAVE RDA: 125.897BR
Title 1
Análise Corporal e a Psicanálise
A história da pessoa explica seu comportamento.
Na edição passada falamos sobre Freud e Reich e antes de entrarmos em maiores detalhes sobre os traços de caráter, precisamos citar mais um psicanalista que foi importante para esse desenvolvimento.
Os traços de caráter são formados de 0 a 5 anos de idade, durante o processo de mielinização do nosso sistema nervoso.
Alexander Lowen médico, psicanalista de orientação freudiana, além de bacharel em ciências e em direito. Foi um dos estudantes de Wilhelm Reich nos anos 1940 e início dos anos 1950 em Nova York, desenvolveu a psicoterapia mente-corporal conhecida como análise bioenergética com seu então colega John Pierrakos e fundou o Instituto Internacional de Análise Bioenergética, A Bioenergetica é a maneira de encarar a relação de mente e corpo. Dito isso vamos entender um pouco o que se descreve por caráter. Caráter é um conjunto de características e traços relativos à maneira de agir e de reagir de um indivíduo ou de um grupo.
É um feitio moral. É a firmeza e coerência de atitudes. O caráter é o que define a personalidade e a índole de uma pessoa. (significados.br). A personalidade de um indivíduo, enquanto algo distinto de sua estrutura de caráter, é determinada por sua vita-lidade, ou seja, pela força dos impulsos e pelas defesas levantadas no sentido de controlá-los. Não há duas pessoas semelhantes no que tange à vitalidade inerente de seus organismos, padrões de defesa a partir das experiências da vida. Existem 5 traços de caráter: Esquizoide, oral, psicopata, masoquista e rígido (esses termos são utilizados por serem conheci-dos e aceitos como distúrbios da personalidade no meio psiquiátrico).
Ilustração Freepick
Cada etapa é marcada pela vivência de uma sensação básica, que vamos chamar de principal medo, são eles: rejeição, aban-dono, manipulação, humilhação e traição. As pessoas reagem, sentem e pensam de maneiras diferentes. Significa que nos períodos da mielinização dos traços mais marcantes nós vivenciamos situações que foram assimiladas de forma intensa o suficiente para gerar um registro mais acentuado no nosso corpo. Nosso corpo e nossa mente estão ligados, portanto, o corpo se molda conforme as necessidades da mente. Sua mente se deparou com medos e precisou desen-volver meios de lidar com eles para sobre-viver desenvolvendo assim recursos e habilidades.
Esse processo é composto por 5 etapas, cada uma das etapas representa a formação de um traço de caráter. Portanto, 5 etapas somam 5 traços. Dependendo de como cada um sente e assimila as vivências durante essas etapas é que os nossos traços são formados e registrados na mente e corpo. Nossa mente desenvolve nosso corpo estrategicamente, ele é moldado para sobreviver. Portanto, o formato do corpo nos permite entender parte da nossa história, nossas principais dores existenciais, quais recursos foram gerados para sobreviver e como utilizar nossos recursos para obter equilíbrio emocional e qualidade de vida.
Flavia Bortolazo Psicanalista Integrativa , Analista Corporal e Programadora Mental
CHAVE RDA: 125894BR
Title 1
Édipo e a Esfinge Pintura de Gustave Moreau
Eis a razão por que essa árvore, conser-vando ainda, dizem, os sentimentos da ninfa, coroa Pã com a sua folhagem, en-quanto o sopro do Bóreas excita os seus gemidos. Pã também foi amado por Silene, isto é, a Lua ou Diana, que para ir visitá-lo nos vales e nas grutas das montanhas, esquece o belo e terno dormilão Endimion. Pã apaixonou-se pela náiade Sírinx, que rejeitou com desdém o seu amor, recusando-se a aceitá-lo como seu amante pelo fato de ele não ser nem homem, nem bode. Pã então perseguiu-a, mas Sírinx, ao chegar à margem do rio Ladon e vendo que já não tinha possibilidade de fuga, pediu às ninfas dos rios, as náiades, que mudassem a sua forma. Estas, ouvindo as suas preces, atenderam ao seu pedido e a transformaram em caniço. Quando Pã a alcançou e quis agarrá-la, não havia nada, exceto o caniço e o som que o ar produzia ao atravessá-lo. Ao ouvir aquele som, Pã ficou encantado e resolveu então juntar caniços de diferentes tamanhos, inventando um instrumento musical ao qual chamou Siringe, em honra à ninfa. Esse instrumento musical é mais conhe-cido pelo nome de flauta de pã, em honra ao próprio deus.
mergulhou num rio e disfarçou assim metade de seu corpo, sobrando apenas a cabeça e a parte superior do corpo, que se assemelhava ao de um bode; a parte submersa adotou uma aparência aquática. Zeus considerou este estratagema de Pã muito esperto e, como homenagem, transformou-o em uma constelação, a que seria Capricórnio. Ainda bebê, foi levado por Hermes ao Olimpo, onde os deuses acharam a figura um tanto engraçadinha e adotaram-no como mascote, dando-lhe o nome de Pã. • A ele foi concedido o posto de deus dos bosques, dos campos, dos rebanhos e animais domésticos. • Era representado como uma figura preguiçosa. Ficava irritadíssimo quando acordado da soneca após o almoço. Os chifres e os amores de Pan - Dizem os mitólogos que os seus chifres representam os raios do Sol; a vivacidade de sua tez exprime o fulgor do céu; a pele de cabra estrelada que usa sobre o estômago representa as estrelas do firmamento; enfim os seus pés e as suas pernas eriçados de pêlos designam a parte inferior do mundo, – a terra, as árvores e as plantas. Os seus amores suscitaram-lhe rivais, às vezes perigosos. Um deles, Bóreas, quis arrebatar violentamente a ninfa Pitis, que a Terra, condoída, metamorfoseou em pinheiro.
Mitologia
Você já ouviu falar das palavras Complexo de Édipo, Síndrome de Electra, Panaceia, Pandemia, Eros, Hygia etc. Freud utilizou como modelos na busca por compreender os processos inconscientes.
Zeus com Amalteia gerou Panakos
Panakos ou Pan - filhos de Zeus com sua ama de leite, a cabra Amalteia. é o deus dos bosques, dos campos, dos rebanhos e dos pastores. Vive em grutas e vaga pelos vales e pelas montanhas, caçando ou dançando com as ninfas. É representado com orelhas, chifres e pernas de bode, amante da música, traz sempre consigo uma flauta. É temido por todos aqueles que necessitam atravessar as florestas à noite, pois as trevas e a solidão da travessia os predispõem a pavores súbitos, desprovidos de qualquer causa aparente, e que são atribuídos a Pã; daí o termo "pânico". O seu grande amor no entanto foi Selene, a Lua. Em uma versão egípcia, Pã estava com outros deuses nas margens do rio Nilo e surgiu Tifão, inimigo dos deuses. O medo transformou cada um dos deuses em animais e Pã, assustado,
Pânico, na mitologia grega o deus Pã que tem o significado de medo ou pavor violento e repetitivo entre os principais sintomas do ataque de pânico, destacam-se falta de ar, agitação, sudorese intensa, tontura, formiga-mento, espasmos musculares, tremores, sensação de frio ou calor, batimentos cardí-acos acelerados e medo de morrer ou de perder o controle. Vamos conhecer a sua origem, vamos conhecer a história
Valquíria PintoIdealizadora e CEO do Instituto Alma e Coração
Title 1
AS 7 ESCOLAS DA PSICANÁLISE
Curso de 60h com certificado
- Escola Freudiana.
- Escola Kleiniana.
- Escola Heinz Hartman.
- Escola Heins Kohut.
- Escola Lacanina.
- Escola Winnicotiana.
- Escola de Bion.
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Foto: IStock
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sabOres
Revista de Psicanálise