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TENHO TANTO SENTIMENTO 12E

moon

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Transcript

NEWS PAPER

19 de setembro de 1933

«Tenho tanto sentimento»

Analise do poema escrito por Fernando Pessoa

Realizado por:

José Campos nº14 12ºEYasmin Romualdo nº30 12ºE

Indice

01

02

03

Poema

Tema do poema

Explicação do conteúdo

05

06

07

Recursos estilísticos e a sua expressividade

Estrutura interna

Estrutura externa

«Tenho tanto sentimento»

de Fernando Pessoa, 19 de setembro 1933

Tenho tanto sentimento Que é freqüente persuadir-me De que sou sentimental, Mas reconheço, ao medir-me, Que tudo isso é pensamento, Que não senti afinal.

Temos, todos que vivemos, Uma vida que é vivida E outra vida que é pensada, E a única vida que temos É essa que é dividida Entre a verdadeira e a errada.

Qual porém é a verdadeira E qual errada, ninguém Nos saberá explicar; E vivemos de maneira Que a vida que a gente tem É a que tem que pensar.

«Tenho tanto sentimento» , Lelia Parreira

Tema do poema

  • Dor de pensar;
  • Fragmentação do eu;
  • Dilemas sentir/pensar e verdade/fingimento

Explicação do conteúdo

O poema debruça-se sobre um dilema: fingir ou sentir, onde Fernando Pessoa ortónimo, por mais que ache que esteja a sentir algo, está, na verdade, a sentir algo que ele ja fora pensado antes. Essa racionlização extrema dos seus sentimentos deu origem a uma constante angústia no poeta.

Estrutura Interna

2ª Parte

3ª Parte

1ª Parte

Pessoa questiona-se qual será a vida verdadeira e qual será a errada de facto, entretanto, por mais que deixe implícito que a verdadeira é a vivida, Pessoa afirma que é “impossível” descobrirmos isso pois “(…) ninguém // Nos saberá explicar”.

Fernando Pessoa reconheceu que é um “sentimental”, alguém redigido pelas emoções entretanto, acaba por ter a certeza que é, de facto, um racionalista e que tudo que sente na verdade é fingimento, racionalizado

Pessoa constata a existência de duas vidas, a vivida, que é a sua vida de facto, e a pensada, aquela que almejava que fosse a sua vida e conclui que a vida de cada um de nós é dividida entre esses dois lados, esses dois polos, assim nunca teremos a vida que queremos ter.

Recursos estilísticos e sua expressividade

  • Aliteração (repetição de uma letra) da letra «T» na primeira estrofe e «V» na segunda estrofe, com o fim de ajudar no ritmo do poema, que procura dar um efeito de eco nas palavras «sentimento» e «vida»;

Recursos estilísticos e sua expressividade

  • Hipérbato (troca da ordem normal das palavras) em «Temos, todos que vivemos» (v.7) ;
  • Perífrase (uso de varias palavras para dizer algo que se podia dizer em uma só) em «(...) todos que vivemos) (v.7) .

Estrutura externa

Tenho tanto sentimento AQue é freqüente persuadir-me B De que sou sentimental, C Mas reconheço, ao medir-me, B Que tudo isso é pensamento, A Que não senti afinal. C

  • 3 sextilhas (estrofes com seis versos)
  • rima interpolada com o seguinte esquema rimático: A/B/C/B/A/C//D/E/F/D/E/F//G/H/I/G/H/I
  • versos de sete sílabas métricas (ou redondilha maior):
Ex.: «te/nho/tan/to-sen/ti/men (to)»
  • octassílabos:
Ex.: «E a/ú/ni/ca/vi/da/que/te (mos)»
  • hexassílabos:
Ex.: Que/não/sen/ti/a/fi/nal

Temos, todos que vivemos, D Uma vida que é vivida EE outra vida que é pensada, F E a única vida que temos D É essa que é dividida E Entre a verdadeira e a errada. F

Qual porém é a verdadeira G E qual errada, ninguém H Nos saberá explicar; I E vivemos de maneira G Que a vida que a gente tem H É a que tem que pensar. I