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TENHO TANTO SENTIMENTO 12E
moon
Created on November 6, 2022
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Transcript
NEWS PAPER
19 de setembro de 1933
«Tenho tanto sentimento»
Analise do poema escrito por Fernando Pessoa
Realizado por:
José Campos nº14 12ºEYasmin Romualdo nº30 12ºE
Indice
01
02
03
Poema
Tema do poema
Explicação do conteúdo
05
06
07
Recursos estilísticos e a sua expressividade
Estrutura interna
Estrutura externa
«Tenho tanto sentimento»
de Fernando Pessoa, 19 de setembro 1933
Tenho tanto sentimento Que é freqüente persuadir-me De que sou sentimental, Mas reconheço, ao medir-me, Que tudo isso é pensamento, Que não senti afinal.
Temos, todos que vivemos, Uma vida que é vivida E outra vida que é pensada, E a única vida que temos É essa que é dividida Entre a verdadeira e a errada.
Qual porém é a verdadeira E qual errada, ninguém Nos saberá explicar; E vivemos de maneira Que a vida que a gente tem É a que tem que pensar.
«Tenho tanto sentimento» , Lelia Parreira
Tema do poema
- Dor de pensar;
- Fragmentação do eu;
- Dilemas sentir/pensar e verdade/fingimento
Explicação do conteúdo
O poema debruça-se sobre um dilema: fingir ou sentir, onde Fernando Pessoa ortónimo, por mais que ache que esteja a sentir algo, está, na verdade, a sentir algo que ele ja fora pensado antes. Essa racionlização extrema dos seus sentimentos deu origem a uma constante angústia no poeta.
Estrutura Interna
2ª Parte
3ª Parte
1ª Parte
Pessoa questiona-se qual será a vida verdadeira e qual será a errada de facto, entretanto, por mais que deixe implícito que a verdadeira é a vivida, Pessoa afirma que é “impossível” descobrirmos isso pois “(…) ninguém // Nos saberá explicar”.
Fernando Pessoa reconheceu que é um “sentimental”, alguém redigido pelas emoções entretanto, acaba por ter a certeza que é, de facto, um racionalista e que tudo que sente na verdade é fingimento, racionalizado
Pessoa constata a existência de duas vidas, a vivida, que é a sua vida de facto, e a pensada, aquela que almejava que fosse a sua vida e conclui que a vida de cada um de nós é dividida entre esses dois lados, esses dois polos, assim nunca teremos a vida que queremos ter.
Recursos estilísticos e sua expressividade
- Aliteração (repetição de uma letra) da letra «T» na primeira estrofe e «V» na segunda estrofe, com o fim de ajudar no ritmo do poema, que procura dar um efeito de eco nas palavras «sentimento» e «vida»;
Recursos estilísticos e sua expressividade
- Hipérbato (troca da ordem normal das palavras) em «Temos, todos que vivemos» (v.7) ;
- Perífrase (uso de varias palavras para dizer algo que se podia dizer em uma só) em «(...) todos que vivemos) (v.7) .
Estrutura externa
Tenho tanto sentimento AQue é freqüente persuadir-me B De que sou sentimental, C Mas reconheço, ao medir-me, B Que tudo isso é pensamento, A Que não senti afinal. C
- 3 sextilhas (estrofes com seis versos)
- rima interpolada com o seguinte esquema rimático: A/B/C/B/A/C//D/E/F/D/E/F//G/H/I/G/H/I
- versos de sete sílabas métricas (ou redondilha maior):
- octassílabos:
- hexassílabos:
Temos, todos que vivemos, D Uma vida que é vivida EE outra vida que é pensada, F E a única vida que temos D É essa que é dividida E Entre a verdadeira e a errada. F
Qual porém é a verdadeira G E qual errada, ninguém H Nos saberá explicar; I E vivemos de maneira G Que a vida que a gente tem H É a que tem que pensar. I