Want to create interactive content? It’s easy in Genially!

Get started free

Tarsila do Amaral

LunaBigodes

Created on October 26, 2022

Biografia

Start designing with a free template

Discover more than 1500 professional designs like these:

Transcript

Tarsila do Amaral

A biografia de uma das mais importantes artistas brasileiras, trazendo aspectos típicos da cultura brasileira junto a diversos movimentos artísticos.

Por Equipe 05 27/10/2022

Tarsila do Amaral foi a pintora modernista que mais teve destaque no Brasil, misturando influências cubistas à criação de uma arte genuínamente brasileira.

Figura entre os mais conhecidos e acalmados nomes da pintura nacional, sendo um ícone do modernismo brasileiro. Integrando diversos elementos típicos da cultura brasileira, a artista foi capaz de produzir uma identidade cultural própria, que assimilava as tendências da arte moderna europeia, ao mesmo tempo que lhes dava as cores nacionais.Para além do período modernista, sua obra mais famosa, O Abaporu, símbolo do Manifesto Antropófago de 1928, é também o quadro mais valioso da história da arte brasileira. Ademais, Tarsila do Amaral é uma das grandes representantes da arte latino-americana, com exposições dedicadas a ela circulando por grandes museus ao redor do mundo.

Eu invento tudo na minha pintura. E o que eu vi ou senti, eu estilizo.

- Tarsila do Amaral

O nascimento, a infância, a família e o começo de sua carreira

Tarsila do Amaral (Capivari, 1 de setembro de 1886 — São Paulo, 17 de janeiro de 1973) foi uma pintora, desenhista e tradutora brasileira e uma das figuras centrais da pintura e da primeira fase do movimento modernista no Brasil, ao lado de Anita Malfatti.

Parece mentira, mas foi no Brasil que tomei contato com a arte moderna.

- Tarsila

Seu quadro Abaporu, de 1928, inaugura o movimento antropofágico nas artes plásticas.

Bopp foi lá no meu ateliê, na rua Barão de Piracicaba, assustou-se também. Oswald disse: 'isso é como se fosse um selvagem, uma coisa do mato' e Bopp concordou. Eu quis dar um nome selvagem também ao quadro e dei Abaporu, palavras que encontrei no dicionário de Montóia, da língua dos índios. Quer dizer antropófago.

- Tarsila

Nascida em 1º de setembro de 1886, em Capivari, interior de São Paulo, era filha de José Estanislau do Amaral Filho e de Lídia Dias de Aguiar, e neta de José Estanislau do Amaral, cognominado “o milionário” em virtude da imensa fortuna acumulada em fazendas do interior paulista.

Seu pai herdou a fortuna e diversas fazendas, onde Tarsila e seus sete irmãos passaram a infância. Desde criança, fazia uso de produtos importados franceses e foi educada conforme o gosto do tempo. Sua primeira mestra, a belga Mlle. Marie van Varemberg d’Egmont, ensinou-lhe a ler, escrever, bordar e falar francês. Sua mãe passava horas ao piano e contando histórias dos romances que lia às crianças. Seu pai recitava versos em francês, retirados dos numerosos volumes de sua biblioteca.

Minha força vem da lembrança da infância na fazenda, de correr e subir em árvores. E das histórias fantásticas que as empregadas negras me contavam.

- Tarsila

Tarsila do Amaral estudou em São Paulo, em colégio de freiras do bairro de Santana e no Colégio Sion. E completou os estudos em Barcelona, na Espanha, no Colégio Sacré-Coeur.

Começou a aprender pintura em 1917, com Pedro Alexandrino Borges. Mais tarde, estudou com o alemão George Fischer Elpons. Em 1920, viaja a Paris e frequenta a Academia Julian, onde desenhava nus e modelos vivos intensamente. Também estudou na Academia de Émile Renard.

Apesar de ter tido contado com as novas tendências e vanguardas, Tarsila somente aderiu às ideias modernistas ao voltar ao Brasil, em 1922.

Numa confeitaria paulistana, foi apresentada por Anita Malfatti aos modernistas Oswald de Andrade, Mário de Andrade e Menotti Del Picchia. Esses novos amigos passaram a frequentar seu ateliê, formando o Grupo dos Cinco.

Auge da carreira e suas principais obras

Tarsila do Amaral é uma das pintoras brasileiras mais reconhecidas de todos os tempos. A artista integrou o movimento modernista, conjunto de escolas e estilos que ditou todas as produções culturais da primeira metade do século 20.A pintora nascida na cidade de Capivari, no interior de São Paulo, produziu obras que até hoje são reconhecidas no mundo todo. Com seu estilo que ressalta a cultura nacional, seus quadros refletem características importantes do país, como as paisagens urbanas e rurais, o folclore, a fauna e a flora.

A Negra 1923

Pela primeira vez na arte brasileira, uma pessoa negra foi representada com tamanho destaque. Essa é a principal característica do quadro A Negra, produzido por Tarsila e que conferiu a ela um lugar pioneiro no cenário artístico nacional.A obra faz parte do acervo do Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo (MAC USP), na capital paulista.

Autorretrato 1923

Tarsila causou furor entre os convidados de um jantar em homenagem a Santos Dumont, em Paris. Ao chegar atrasada, vestida com um

deslumbrante casaco vermelho, sua aparência chamou a atenção de todos os presentes. A artista decidiu eternizar aquele momento em um autorretrato que, mais tarde, se tornaria famoso em todo o mundo. A obra faz parte do catálogo do Museu Nacional de Belas Artes, no Rio de Janeiro.

A Cuca 1924

O tema principal desse quadro é um famoso personagem do folclore nacional: a Cuca. Caracterizada como um "bicho esquisito", como disse a própria artista em carta à sua filha Dulce, a Cuca está rodeada de outros animais bem brasileiros na peça, como um sapo e um tatu. As cores fortes utilizadas também fazem referência aos tons nacionais (especialmente amarelo, azul e verde).Essa tela encontra-se, atualmente, no Musée de Grenoble, na França.

A Família 1924

Tarsila do Amaral também fez questão de homenagear a típica família brasileira. Nesse quadro, a artista retrata uma família do interior, com seus animais de estimação, em um Brasil recém-saído da escravidão.

O Museo Nacional Centro de Arte Reina Sofia, em Madrid, na Espanha, é detentor desse quadro.

Abaporu 1928

Tarsila produziu essa, que é uma de suas mais conhecidas obras, para presentear o escritor Oswald de Andrade, seu marido na época. O nome, de origem indígena, vem de "Aba", que significa "homem", e "poru", que é o homem que come carne humana. Portanto, Abaporu significa "o Antropófago". Oswald, então, escreveu o Manifesto Antropófagico, ambos inspirados na obra.

A morte de Tarsila do Amaral

Em decorrência de complicações pós-operatórias, faleceu na madrugada do dia 17/01/1973 no Hospital da Beneficiencia Portuguesa. Tarsila desaparece aos 83 anos, havendo sido sepultada no mesmo dia de seu

Falecimento às 16 horas, no cemitério da Consolação. Tarsila, que passou os últimos anos de sua vida no apartamento da Albuquerque Lind, nº 1129, encarnou em São Paulo uma admirável figura de artista. Presa desde 1965 a uma cadeira de rodas, não abandonou um momento sequer os pincéis e as telas; seu último quadro talvez tenha sido "A Fazenda", preparado especialmente para uma exposição comemorativa do cinquentenário da Semana de Arte Moderna. A par dessa extraordinária atividade, o que sobretudo impressionava na anciã semiparalisada e em tudo dependente da assistência de terceiros, era a constante afabilidade, o sorriso iluminado sem cessar a fisionomia extraordináriamente repousada. Raras eram suas aparições em público nos seus últimos anos. Em todas elas, porém, a artista se via cercada de manifestações de carinho, de provas de admiração e de reconhecimento por seu extraordinário valor artístico e humano. Com Tarsila do Amaral efetivamente desaparece toda uma época cultural de São Paulo.