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PIL - DOSSIÊ FINAL

Matilde Rocha Cancela (a3782)

Created on October 7, 2022

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Transcript

Literatura Portuguesa

Projeto individual de leitura (PIL)

Trabalho realizado por:
Matilde Cancela Nº13 - 11ºB

Tábua biográfica de Almeida Garrett

1823 Com a volta do absolutismo, na contra revolta liderada por D. Miguel, Almeida Garrett teve que deixar Portugal e exilou-se na Inglaterra
1816 Almeida Garrett deixou a sua família nos Açores e retorna ao Continente.
1820 Envolveu-se ativamente na Revolução Liberal do Porto
1821 Concluiu a Licenciatura e estabeleceu-se em Lisboa onde entrou no Ministério do Interior.
1799 (4 de fevereiro) Nascimento de João Baptista da Silva Leitão de Almeida Garrett

Tábua biográfica de Almeida Garrett

1828 Voltou para Inglaterra, por causa do restabelecimento do regime absolutista de D. Miguel.
1826 Garrett foi amnistiado e retomou para Portugal.
1824 Partiu para França, por questões financeiras.
1854 (9 de dezembro) Garrett faleceu em Lisbnoa.
Fig.1 - Almeida Garrett

Características psicológicas de Garrett

Garrett é um homem muito romântico, podemos observar isso em várias das suas obras, o mesmo é também caracterizado como um homem simples utilizando diferentes análises da obtaque enfatizam aspetos híbridos nas sua construção, que tem várias abordagens de diversos géneros e em várias poesias populares, além dos textos que existem uma predominância subjetiva do escritor. É também um homem espontâneo e existe a possibilidade de mergulhar na criação por traços culturais, políticos e geográficos, isto, bastante inovador num período em que predominava o Romantismo.
Vídeo Almeida Garreyy
  • https://youtu.be/18Hox6JaLYU

Algumas das obras de Almeida Garrett:

  • Lucrécia (1819) - (a primeira obra de Garrett)
  • Dona Branca (1826)
  • Portugal na balança da Europa (1830)
  • Um auto de Gil Vicente (1838)
  • Romanceiro (1843)
  • Frei Luis de Sousa (1844) - (é considerado a obra-prima do teatro romântico e uma das obras-primas da literatura portuguesa)
  • Folhas Caídas (1853) - (a última obra de Garrett)
Fig.3 - Frei Luís de Sousa
Fig.2 - Um Auto de Gil Vicente
Fig.4 - Folhas Caídas

"O Teatro Nacional visto por Almeida Garrett"

Para Almeida Garrett nunca houve teatro português, pois este esteve sempre aquém das suas expectativas. Seguindo de perto as ideias do dramaturgo, o teatro, em Portugal, era apenas uma cópia do teatro francês, italiano e castelhano, diferenciando-se, meramente, na escrita em português, pois como refere o texto “não tinham de português se não as palavras…” (ll.53-54). O teatro, enquanto arte, serviria certamente para incutir gostos, hábitos e cultura. No entanto, na época em questão, aquilo que poderia ser um grande meio de civilização não o era. Isto porque as pessoas não valorizavam o teatro. Esta desvalorização nítida, refletiu-se na pouca adesão a este local, pois não sentiam necessidade de ir ao teatro (ll. 25-26). Era falta de cultura, menosprezo pela arte. Outra crítica subjacente que Almeida Garrett faz ao teatro de antigamente deve-se ao facto de eles não terem dinheiro para construir um teatro e para formar os autores, como diz na seguinte expressão textual: “era preciso muito dinheiro, e eu sou pobre; para formar atores” (l.100) e também a falta de tempo para ensaiar os atores, como diz: “muito tempo, e eu tenho pouco; para fazer repertório” (l.101).

"O Teatro Nacional visto por Almeida Garrett"

Verifica-se que no reinado de D.Manuel I, houve preocupação evidente pelo teatro, época na qual os dramaturgos Gil Vicente e Bernardim Ribeiro ganharam honras e garantiram o entretenimento pelo seu gosto pelas letras e representação. Tal gosto juntava-se ao apoio régio, pois como D.Manuel I tinha vontade de fazer renascer o teatro, tornou-se um mecenas, auxiliando esta arte a consolidar-se. Gil Vicente, um homem do povo, escrevia as peças por gosto, de forma a garantir um ordenado que lhe conviesse, sendo que chegou a escrever bastantes peças a pedido dos monarcas. Já Bernardim Ribeiro escrevia por lazer. Na época dos déspotas esclarecidos, Pombal reestrutura o teatro que, aos olhos do autor, não passa de embelezar um edifício ao estilo italiano, mas sem criatividade portuguesa. É evidente, aos olhos de Garrett, que no século XIX, Portugal procura imitar as outras cidades Europeias, ficando o nosso teatro a ser uma cópia da arte de outros.

Ana Luísa Amaral (escritaria)

Escritaria

Ana Luísa Amaral

17 - 10 - 2022
Matilde Cancela nº13 - 11ºB
Fig.1 - Ana Luísa Amaral

Ana Luísa Amaral

Nasceu a 5 de abril de 1956, em Lisboa. Vivia desde os nove anos, em Leça de Palmeira.
Fig.2 - Ana Luísa Amaral
Licenciada em Germânicas e doutorada em Literatura Norte-Americana, pela FLUP, Ana Amaral acabaria por desenvolver nesta faculdade a sua atividade académica nos domínios de Literatura e Cultura Inglesa e Americana.

Ana Luísa Amaral

Fez um doutoramento sobre poesia, e as suas áreas de investigação eram Poéticas Comparadas, Estudos Feministas e Estudos Queer. Foi estudiosa da obra Emily Dickinson e referência internacional no campo dos Estudos Feministas.
Poetisa, investigadora e professora, trabalhou na Faculdade de Letras da Universidade do Porto, tendo sido considerada pelo Reitor da Universidade como " uma autora extraordinária, uma académica distinta e uma cidadã empenhada".
Fig.3- Ana Luísa Amaral

Ana Luísa Amaral

Os seus livros de poesia e infantis foram levados à cena em espetáculos de teatro e leituras encenadas. Os seus livros de poesia estão editados em vários países da Europa, mas também noutros continentes. Detentora de uma carreira literária que lhe valeu diversas distinções nacionais e internacionais, foi considerada uma das mais notáveis poetisas portuguesas da atualidade, homenageada com vários prémios literários nacionais e internacionais.

Ana Luísa Amaral

Como escritora interessava-se sobre tudo na observação do quotidiano "e o transcendente", sendo que este "transcendente também faz parte do quotidiano", como dizia. Tinha um programa de rádio, com Luís Caetano, na Antena 2, chamado "O Som que os Versos Fazem ao Abrir". Foi homenageada como poeta, leitora, tradutora, feminista convicta, estudiosa, apaixonada, encantadora, educadora, intelectual e comunicadora.
Fig.4 - Ana Luísa Amaral
Morreu a 5 de agosto de 2022, aos 66 anos.

Livros de poesia/

Literatura infantil

  • Gaspar, o Dedo Diferente e Outras Histórias, (ilust. Elsa Navarro), Campo das Letras, 1999;
  • A Relíquia, a partir do romance de Eça de Queirós, Quasi, 2008;
  • Gaspar, o Dedo Diferente, (ilust. Abigail Ascenso), Civilização, 2011 (ed. revista);
  • Como Tu, (ilust. Alberto Faria), Zero a Oito, 2020
  • Minha senhora de quê, Fora do Texto, 1990; reed., Quetzal, 1999;
  • Epopeias, Fora do Texto, 1994;
  • Se fosse um intervalo, Dom Quixote, 2009;
  • Vozes, Dom Quixote, 2011; 2ª edição, 2012; 3ª edição, 2015;
  • Mundo, Assírio & Alvim, 2021 (no prelo)

Livros de poesia

Fig.6 - Ara
Fig.5 - Vozes
Fig.7 - E Todavia

/Literatura infantil

Livros de poesia

  • Gaspar, o Dedo Diferente e Outras Histórias, (ilust. Elsa Navarro), Campo das Letras, 1999;
  • A Relíquia, a partir do romance de Eça de Queirós, Quasi, 2008;
  • Gaspar, o Dedo Diferente, (ilust. Abigail Ascenso), Civilização, 2011 (ed. revista);
  • Como Tu, (ilust. Alberto Faria), Zero a Oito, 2020
  • Minha senhora de quê, Fora do Texto, 1990; reed., Quetzal, 1999;
  • Epopeias, Fora do Texto, 1994;
  • Se fosse um intervalo, Dom Quixote, 2009;
  • Vozes, Dom Quixote, 2011; 2ª edição, 2012; 3ª edição, 2015;
  • Mundo, Assírio & Alvim, 2021 (no prelo)

Literatura infantil

Fig.10- Escuro
Fig.9 - Gaspar, o Dedo Diferente
Fig.8- Como tu

Prémios

  • Prémio Literário Casino da Póvoa/Correntes d’Escritas, com o livro A génese do amor (2007);
  • Grande Prémio de Poesia da Associação Portuguesa de Escritores, com o livro Entre Dois Rios e Outras Noites (2008);
  • Prémio Literário Guerra Junqueiro (2020);
  • Prémio Livro do Ano de Poesia do Grémio de Librerias de Madrid, com o livro What's in a Name (2020);
  • 2022: a Asociación de Escritoras e Escritores en Lingua Galega nomeou Ana Luísa Amaral como Escritora Galega Universal

Webgrafia

  • https://pt.wikipedia.org/wiki/Ana_Lu%C3%ADsa_Amaral
  • https://www.bing.com/search?q=ana+luisa+amaral&cvid=7f1cf7b41e534492ab5fe18356f1818f&aqs=edge.0.0l9.3234j0j1&pglt=41&FORM=ANNTA1&PC=U531

FIM!

Camilo Castelo Branco

Biografia
Nome: Camilo Ferreira Botelho Castelo Branco Nascimento: 16 de março de 1825, Mártires, Lisboa Falecimento: 01 de junho de 1890 (aos 65 anos), Vila Nova de Familicão Ocupação: Escritor português Filhos: Bernardina Amélia Branco, Jorge Branco, Rosa Branco, Nuno Branco Irmã: Carolina Rita Castelo Branco Pais: Manuel Joaquim Botelho Castelo Branco, Jacinta Rosa Ferreira Esposas: Joaquina Pereira de França (1841 a 1847), Ana Plácido (de 1888 a 1890)
Fig.6- Camilo Castelo Branco

Camilo Castelo Branco

Quem sou/fui eu?

O que poderei dizer acerca dos meus dados biográficos? Toda a gente letrada me conhece! No entanto, julgo que apenas alguns sabem o meu nome completo. Chamo-me Camilo Ferreira Botelho Castelo Branco. Nasci a 16 de março de 1825, Mártires, em Lisboa. Sempre fui considerado um homem multifacetado, pois fui escritor, romancista, cronista, crítico, dramaturgo, historiador, poeta e tradutor português. Fui o 1º Visconde de Correia Botelho, título concedido pelo rei D. Luís Camilo Castelo Branco. Sou filho de Manuel Joaquim Botelho Castelo Branco e Jacinta Rosa Ferreira. Tinha uma irmã que era Carolina Rita Castelo Branco. Posso começar por dizer que tive uma infância turbulenta, pois, eu e a minha irmã Carolina ficamos órfãos de mãe em 1827. Após isso, em 1830, iniciei os estudos primários em Lisboa. Por esta altura, eu e a minha família deslocamo-nos para Vila Real, onde o meu pai foi colocado como responsável pelos correios. No ano de 1831, regressamos à capital, após a demissão do meu pai por acusação de fraude. E a 22 de dezembro de 1835, aconteceu uma tragédia: o meu pai morreu e eu e a minha irmã Carolina ficamos à guarda da nossa tia paterna, D. Rita Emília da Veiga Castelo Branco. Passado um ano, 1836, mudamo-nos para Samardã-Vila Real. A 18 de agosto de 1841, tinha apenas 16 anos, casei-me com uma alemã, de nome Joaquina Pereira de França. Ela tinha 15 anos e, juntos, fomos viver para Ribeira de Pena. A mudança sempre foi algo constante na minha vida, como podem constatar! Estudei com o Padre Manuel da Lixa, em Granja Velha, para preparar o ingresso no ensino universitário, isto em 1842.

Camilo Castelo Branco

Mas no amor não fui afortunado.... Separei-me porque desentendemo-nos e discutíamos bastante. A paixão durou menos de um ano e logo saí de casa da minha ex-esposa, grávida de uma menina, para voltar a casa da minha irmã. Em 1841, decidi que queria entrar para a universidade e para isso tive de me mudar para Granja Velha para poder voltar a estudar com o Padre-tutor e preparar-me para os exames de admissão. Um ano depois consegui ingressar na Escola Médico-Cirúrgica na cidade do Porto. Esta cidade despoletou ainda mais o meu caráter instável, irrequieto e irreverente e por isso quando dei por mim estava a ingressar numa vida estudantil boémia e acabei por me apaixonar por amores tumultuosos, entre eles, uma paixão por Patrícia Emília do Carmo de Barros e uma freira que era Isabel Cândida. E com este desleixo, não cheguei a concluir o curso de medicina. Quando consegui tomar posse do que restava da minha herança, voltei a Vila Real. Perdi-me completamente de amores pela minha prima Patrícia Emília do Carmo Barros, e com ela fugi para o Porto. Em 1846, passei 11 dias na Cadeia da Relação, por ter sido acusado de roubar 20 000 cruzados ao pai da Patrícia. Regressei a Vila Real onde se viveu, então, a Guerra Civil da Patuleia. Nesta época iniciei uma carreira de jornalista e continuei a escrever. Depois de liberto, regressei a Vila Real e mantive a minha relação com a minha prima Patrícia Emília. E em 1847 tive de voltar ao Porto. A minha atividade jornalística, que desenvolvia no Nacional e no Periódico dos Pobres, trouxe-me perigos inesperados que me obrigaram a fugir para Vila Real.

Camilo Castelo Branco

A minha filha Rosa morreu em 1848 e nasceu a minha filha Amélia, fruto da minha relação com Patrícia. Amélia foi criada em Samardã e, por fim, foi entregue à minha amante, à freira Isabel Cândida Vaz Mourão, do portuense no convento de São Bento de Ave-maria. Já em 1849, voltei à cidade do Porto para tentar estudar direito, voltei a seguir uma vida boémia repleta de paixões e repartia o meu tempo em cafés e salões burgueses. Voltei a dedicar-me ao jornalismo e, mais uma vez deixei escapar a conclusão do curso, neste caso de direito. Em 1850, com 22 anos de idade, passei algum tempo na Capital, onde publiquei o meu primeiro romance, "Anátema'', nas páginas de jornal literário. A partir daí passei a viver do que escrevia. Nesse mesmo ano, apaixonei-me perdidamente por Ana Augusta Vieira Plácido, uma jovem que estava noiva de outro homem: Manuel Pinheiro Alves. Ele era um “negociante brasileiro”, mais especificamente era um português que tinha negócios no Brasil, (e que me veio a servir de inspiração nos romances). Quando minha querida Ana Plácido casa com o seu noivo, em 1851, tive uma crise espiritual e ingressei no seminário do Porto, onde pretendi seguir com a minha vida religiosa, mas acabei por, um ano depois, desistir da ideia. Fui nomeado diretor literário d` A Verdade, em 1856. E nesse mesmo ano comecei a sentir que padecia de falta de visão. Em Viana do Castelo, no ano de 1857, estava acompanhado pela Ana Plácido, que deu uma desculpa ao marido Pinheiro Alves de acompanhar uma irmã. Lá, trabalhei como redator do periódico A Aurora do Lima. A 11 de agosto de 1858, nasce um fruto do meu amor com Ana Plácido, chamado Manuel Plácido e teve de ser registado legalmente filho de Pinheiro Alves, pois eles eram casados.

Camilo Castelo Branco

Já em 1859, após alguns anos de amor fervoroso com Ana Plácido, decidimos fugir, escapar aos olhos do povo e alcançar a plenitude do nosso amor. Todavia, fomos capturados e julgados pelas autoridades. Eu fui acusado de crime de rapto e Ana Plácido pelo crime de adultério (era um crime punível na altura). A minha querida Ana Plácido foi presa a 6 de junho de 1860 e eu andava fugido, mas a 1 de outubro desse mesmo ano, na região entre-Douro-e-Minho, entreguei-me às autoridades. Na prisão, recebi a visita de D. Pedro V, por duas ocasiões, e escrevi em quinze dias o meu romance mais lido e popular - “Amor de Perdição”. É importante saberem que enquanto estive preso, fiz amizade com o famoso salteador Zé do Telhado. Ele roubava burgueses com uma quadrilha de ladrões e tinha participado em várias revoltas políticas. É com base nesta amizade que escrevi “Memórias do Cárcere”. A 16 de outubro de 1861, eu e Ana Plácido fomos absolvidos com a influência do Dr. José Maria Teixeira de Queiroz, pai de Eça, conselheiro do Tribunal, que me visitou várias vezes e ajudou-me a preparar uma estratégia de defesa. Com 38 anos, passei a viver com Ana Plácido (embora não fossemos casados) e poderíamos ter sido mais felizes se não tivessem sido os problemas financeiros. Tivemos mais dois filhos, ao todo três com o filho que já era nascido que não se sabia muito bem se era meu ou do ex-marido. Tinha uma família numerosa para sustentar. E então decidi escrever a um ritmo alucinante, pois era o único escritor de renome na minha geração a ter que escrever para sobreviver. Entre 1851 e 1890, consegui escrever mais de duzentas e sessenta obras, com uma média superior a seis livros por ano.

Camilo Castelo Branco

Mas se houve ano marcado pela intensidade, esse ano foi, sem dúvida, o ano em que publiquei o meu romance mais famoso, “Amor de Perdição”, livro esse que me trouxe fama a nível nacional. Também nesse mesmo ano morreu o ex-marido de Ana Plácido e como Manuel Plácido era herdeiro ficou com a casa como herança. Então, mudamo-nos para São Miguel de Seide, no Concelho de Vila Nova de Famalicão. Além de romances, deixei um legado enorme de textos inéditos, comédias, folhetins, poesias, ensaios, prefácios, traduções e cartas, tudo com a minha assinatura própria ou com alguns menos conhecidos pseudónimos (como por exemplo: Manoel Coco, Saragoçano, A.E.I.O.U.Y, Árqui-Zero e Anastácio das Lombrigas) quando escrevi textos polémicos, satíricos e humorísticos que não queria que estivessem associados ao meu nome. Viajei por Braga, Porto, Póvoa de Varzim e Lisboa em 1873. Em 1878 os meus problemas de visão pioraram e fiquei ferido num acidente de comboio entre São Romão e Ermesinde. Três anos depois, participei num rapto de uma órfã para casar com o meu filho Nuno. A minha relação com o Nuno era muito conturbada, facilmente perdia as estribeiras, daí tê-lo expulsado de casa em 1882, época em que os meus problemas de visão se tinham agravado mais. Em 1883, devido a problemas financeiros, tive de leiloar a biblioteca pessoal em Lisboa. Importa, possivelmente, ao leitor saber acerca do meu legado. O que posso dizer sobre os meus três filhos? Bem, o primeiro, Manuel, que era romântico, alegre e gostava de frequentar bailes. Veio a falecer aos 19 anos por causa de “uma febre”.

Camilo Castelo Branco

O meu segundo filho, Jorge, era louco e violento, tendo, portanto, sido tratado por psiquiatras: Ricardo Jorge e Júlio de Matos, e terminou os seus dias numa instituição psiquiátrica. Já o meu 3º filho, Nuno, era um boémio irresponsável, que casou duas vezes: a primeira com Maria Isabel da Costa Macedo, da qual tiveram uma filha que acabou por falecer dias após a mãe falecer (devido a complicações no parto) e a segunda era Ana Rosa Correia, com quem teve sete filhos. Com os meus 60 anos, em 1885, o rei D. Luís I de Portugal concedeu-me o título de 1º Visconde de Correia Botelho. E o meu problema de visão com ficou? Sim, isso que já vem desde 1865, foram sintomas causados pelo avanço da sífilis (doença vénera), e para além disso, tive também problemas neurológicos que me provocaram uma progressiva cegueira, que me impediu de ler e de trabalhar. Esta incapacidade visual, somada às dificuldades financeiras e desânimo com os filhos incapazes, conjeturaram uma profunda depressão. Tive uma última homenagem a 1889 por parte de João de Deus, em Lisboa no meu dia de aniversário por um grupo de intelectuais. O dia 1 de junho de 1890 foi o dia mais marcante da minha vida. Tive uma consulta com um especialista oftalmologista, que resultou num diálogo em que se pôs fim à minha esperança de curar a cegueira. Nesse dia decidi que se não podia ver, também não precisava de continuar a existir. E coloquei fim à vida. O médico acompanhou a minha querida Ana Plácido até à porta, isto eram 15h15 da tarde.

Camilo Castelo Branco

E eu, sentado na minha cadeira de balanço, disparei um tiro de revólver na têmpora direita, sobrevivendo em coma até às 17h da tarde. Fui sepultado perpetuamente no jazigo de um amigo, João António de Freitas Fortuna, no cemitério da Venerável Irmandade de Nossa Senhora da Lapa. Tinha apenas 65 anos quando coloquei termo à vida. Deixei uma excecional multifacetada, polémica e amargurada obra literária, a mais extensa e variada da língua portuguesa com cerca de cento e trinta e dois títulos.

Vídeo - Camilo Castelo Branco

  • https://youtu.be/9RKvO3OzaWE

Árvore Geneológica- Camilo Castelo Branco

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Criando Metáforas

  • A vingança é um touro muito intenso.
  • O ciúme é um girassol muito frio.
  • O pensar é um camalião muito poderoso.
  • A saudade é uma espada muito versátil.
  • O amor é um livro muito sábio.
  • Deus é uma tartaruga muito sensível.

Final diferente de Amor de Perdição

Teresa continuava enclausurada no convento e Simão estava prestes a ser punido pela justiça portuguesa. Mas, quis deus que o AMOR vencesse. Desta forma, o juis benevolente sente compaixão por Simão permitindo a este a sua liberdade. Num ápice, Simão prepara um assalto ao convento. Nessa noite, os seus planos eram mais claros, que o costume e a sua determinação mais voraz do que a de um atleta que tudo faz para vencer. Então nessa mesma noite ele consegue entrar no convento e raptar Teresa, fugindo para um outro país para conseguirem viver felizes para sempre e para nunca mais serem vistos.
Fig.7- Amor de Perdição

Webgrafia

  • https://www.bing.com/search?q=almeida+garrett&cvid=be5bc93cbae3462bb338a715ae0f6f8a&aqs=edge.0.69i59j69i57j0l4j69i61l3.2858j0j1&pglt=41&FORM=ANNTA1&DAF0=1&PC=U531
  • https://www.bing.com/search?q=almeida+garrett+frei+lu%C3%ADs+de+sousa+livro&qs=n&form=QBRE&sp=-1&pq=almeida+garrett+frei+lu%C3%ADs+de+sousa+livro&sc=6-40&sk=&cvid=921C798389A241BCA510FCC3FA25B69E&ghsh=0&ghacc=0&ghpl=
  • https://www.bing.com/search?q=almeida+garrette+um+auto+de+gol+vicente+livro&qs=n&form=QBRE&sp=-1&pq=almeida+garrette+um+auto+de+gol+vicente+livro&sc=8-45&sk=&cvid=9BA86A01FEF2427B9780C5A952050A87&ghsh=0&ghacc=0&ghpl=
  • https://www.bing.com/search?q=almeida+garrette+folha+caidas+livro&qs=n&form=QBRE&sp=-1&pq=almeida+garrette+folha+caidas+livro&sc=8-35&sk=&cvid=299FB22719844853B857AACD27EA60F7&ghsh=0&ghacc=0&ghpl=
  • https://www.bing.com/search?q=camilo+castelo+branco+biografia+slideshare&cvid=38cd3db4cacc47beb2ff9ae51a6b0c80&aqs=edge.0.0j69i59l3j0j69i57j69i59j69i61l2.4077j0j1&pglt=427&FORM=ANNTA1&DAF0=1&PC=U531

Fim do 1º Periodo