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Miguel Torga

Guilherme Inácio

Created on May 21, 2022

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Transcript

Miguel torga

Sisifo

S. Leonardo de Galafura

Português

Adolfo Correia da Rocha

1. Nasceu 12 de agosto de 1907

2. Pseudónimo Miguel Torga

3. Ansiedade, primeiro livro de poemas

4. Prémio Camões de 1989

5. Morreu 17 de janeiro de 1995

6. Um dos mais influentes poetas e escritores portugueses do século XX

Temáticas características de Miguel Torga

1- Desespero humanista

  • Preocupação com o ser humano, as suas limitações e a sua necessidade de transcendência.

2- Problemática religiosa

  • Esperança e desesperança surgem como uma expressão de conflito íntimo que se desenvolve no interior do poeta.

3 – Sentimento telúrico

  • O telurismo do poeta exprime-se no seu apego à terra, na sua fidelidade ao povo, na sua consciência de português.

SÍSIFO

Mito do Sísifo

Recomeça… Se puderes, Sem angústia e sem pressa. E os passos que deres, Nesse caminho duro Do futuro, Dá-os em liberdade. Enquanto não alcances Não descanses. De nenhum fruto queiras só metade.

Recomeça… Se puderes, Sem angústia e sem pressa. E os passos que deres, Nesse caminho duro Do futuro, Dá-os em liberdade. Enquanto não alcances Não descanses. De nenhum fruto queiras só metade.

sÍSIFO

E, nunca saciado, Vai colhendo Ilusões sucessivas no pomar. Sempre a sonhar E vendo, Acordado, O logro da aventura. És homem, não te esqueças! Só é tua a loucura Onde, com lucidez, te reconheças.

sÍSIFO

"Recomeça...Se puderes"

"És homem, não te esqueças!"

"Enquanto não alcancesNão descanses"

"De nenhum fruto queiras só metade"

"Só é tua a loucuraOnde, com lucidez, te reconhecas"

Miguel Torga

"São os sonhos que seguram o mundo na sua órbita"

José Saramago

"Nós somos a matéria de que são feitos os sohos"

Shakespeare

S. Leonardo de Galafura

Mito de anteu

À proa de um navio de penedos, A navegar num doce mar de mosto, Capitão no seu posto De comando, S. Leonardo vai sulcando As ondas Da eternidade, Sem pressa de chegar ao seu destino. Ancorado e feliz no cais humano, É num antecipado desengano Que ruma em direção ao cais divino.

S. Leonardo de Galafura

S. Leonardo de Galafura

Lá não terá socalcos Nem vinhedos Na menina dos olhos deslumbrados; Doiros desaguados Serão charcos de luz Envelhecida; Razos, todos os montes Deixarão prolongar os horizontes Até onde se extinga a cor da vida.

S. Leonardo de Galafura

Por isso, é devagar que se aproxima Da bem-aventurança. É lentamente que o rabelo avança Debaixo dos seus pés de marinheiro. E cada hora a mais que gasta no caminho É um sorvo a mais de cheiro A terra e a rosmaninho.

Progresão de ideias

Razão dessa lentidão e retorno à morosidade da viagem em direção à vida eterna

Viagem vagarosamente do Santo pelo Douro

Reflexão da sua lentidão

Estrutura externa

Estrofes

Três estrofes irregulares.

Métrica

Irregular com versos de 2 a 10 sílabas

Versos

Soltos em todas as estrofes

Ritmo

Ritmo repousado, sobretudo na última estrofe, em harmonia com o andamento moderado da viagem de São Leonardo.

Rima

Emparelhada e interpolada - 1º e 2º estrofeEmparelhada e cruzada - 3º estrofe

Recursos espresivos

Metáfora

  • “Navio de penedos”
  • “Um doce mar de mosto”
  • “Vai sulcando as ondas da eternidade"

Hipálage

  • “Lá não terá socalcos nem vinhedos na menina dos olhos deslumbrados”

Sinestesia

  • “é um sorvo a mais de cheiro”

Alegoria

  • “Cais humano”
  • “Cais divino”

"à proa dum navio de penedos/A navegar num doce mar de mosto"

"Sem pressa de chegar ao seu destino"

“feliz no cais humano/É num antecipado desengano/Que ruma em direção ao cais divino”

“São charcos de luz/Envelhecida/ Até onde se extinga a cor da vida”

Miguel Torga

A Fermosura Fresca Serra

A fermosura fresca serra, e a sombra dos verdes castanheiros, o manso caminhar destes ribeiros, donde toda a tristeza se desterra; o rouco som do mar, a estranha terra, o esconder do sol pelos outeiros, o recolher dos gados derradeiros, das nuvens pelo ar a branda guerra; enfim, tudo o que a rara natureza com tanta variedade nos ofrece, me está (se não te vejo) magoando. Sem ti, tudo me enoja e me aborrece; sem ti, perpetuamente estou passando nas mores alegrias, mor tristeza.

Luís Vaz de Camões

“Sem ti, tudo me enoja e me aborrece/ sem ti, perpetuamente estou passando”

“Um doce mar de mosto” “Vai sulcando as ondas da eternidade”

Miguel Torga

Obrigado!

Denis BAHANARI

Nº4

pORTUGUÊS

Guilherme Inácio

Nº10