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Memorial do Convento (16/17/18)

Margarida Sá

Created on May 19, 2022

Trabalho de português

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Transcript

CaP.XVI-XVIII

MEMORIAL DO CONVENTO

José Saramago

Joana Silva e Margarida Vasconcelos

ÍNDICE

7. CLASSIFICAÇÃO DO NARRADOR

1. RESUMO DOS CAPÍTULOS

8. dIMENSÃO sIMBÓLICA

2. PERSONAGENS

9. INTERTEXTUALIDADE

3. RELAÇÃO ENTRE AS PERSONAGENS

10. linguagem e estilo do autor

4. LINHAS DE AÇÃO

11. Seleção de um excerto

5. REFERÊNCIAS ESPACIAIS E TEMPORAIS

12. ficha de trabalho

6. vISÃO CRÍTICA DO NARRADOR

  • Sátira ao valor da justiça
  • Receio do Padre Bartolomeu Lourenço face à perseguição do Santo Ofício
  • O voo da Passarola e descrição de Lisboa e Mafra
  • Abandono do cravo por Scarlatti num poço da Quinta de S. Sebastião da Pedreira
  • Perseguição de Bartolomeu Lourenço pela Inquisição
  • Visão de Mafra a partir do céu: a obra do convento (ceticismo do povo português).
  • Aterram numa serra
  • Bartolomeu tenta destruir a Passarola (fogo), porém Baltasar e Blimunda impedem-no.
  • Fuga do padre
  • Chegada de Baltasar e Blimunda, dois dias depois, a Mafra.
  • Procissão em Mafra em honra do Espírito Santo.

XVI

CAPÍTULO

  • Baltasar e Blimunda regressam a casa dos pais;
  • Baltasar e o cunhado vão à procura de trabalho;
  • Referência aos trabalhadores;
  • Baltasar é aceite no novo trabalho (construção do convento);
  • Referência à ilha da madeira (descrição das condições, miseráveis do trabalho dos homens);
  • Baltasar vai ao Monte Junto para ver a passarola;
  • Scarlatti comunica a Blimunda que o padre Bartolomeu morre louco em Toledo.

XVII

CAPÍTULO

  • Enumeração dos bens do Império de D. João V e dos bens comprados para a construção do convento;
  • CrÍtica do narrador à megalomania do rei: elevados gastos em materiais estrangeiros;
  • Apresentação dos sete trabalhadores do convento;
  • Apresentação de Baltasar Mateus (já com 40 anos).

XVIII

CAPÍTULO

Padre Bartolomeu Lourenço de Gusmão:

  • Sente-se desorientado e profundamente preocupado porque sente que o Santo Ofício anda à sua procura. (p.260-261);
  • Depois do voo, o padre tenta destruir a máquina. (p.278);
  • Homem corajoso (p. 265).

Personagens

Blimunda de Jesus (Sete-Luas):

  • Mulher muito preocupada com o seu companheiro (p.298);
  • Demonstra uma profunda alegria ao voar na passarola pela primeira vez (p.266);
  • Mulher corajosa (p.265).

Personagens

Baltasar Mateus (Sete-Sóis):

  • Ex-soldado (maneta): “falta-lhe a mão esquerda, foi culpa tua, estavas desatento lá na batalha” (p.263);
  • Homem corajoso (p.265);
  • Um dos construtores do convento (p.288);
  • Baltasar começa a beber em resultado da morte do padre Bartolomeu Lourenço (p.315);
  • Revela receio da ação do Santo Ofício uma vez que se apresentou aos colegas de trabalho como alguém que esteve perto do sol (p.321-322).

Personagens

  • Blimunda e Baltasar

- Partilham um amor verdadeiro, bem como a vida. De facto, este amor é pleno, caracterizado pela liberdade, sem compromissos e sem culpa.

Relação entre as personagens

  • Baltasar, Blimunda e o Padre Bartolomeu

- Partilham uma relação de amizade, para além disso, todos participam na construção da passarola e voaram juntos. Por um lado, o padre Bartolomeu idealizou este projeto e Baltasar realizou-o fisicamente. Por outro lado, é através das vontades que Blimunda vai recolhendo do povo que a passarola se poderá mover.

2ª Linha de Ação

"Era uma vez a gente que construiu esse convento".

  • Construção do Convento de Mafra pelo povo português
( herói coletivo), resultante da megalomania do Rei. 1. A “ilha da madeira” - descrição da vida nas barracas de madeira onde vivem os trabalhadores do convento (cap.XVII) 2. Apresentação dos trabalhadores do convento (cap.XVIII)

Linhas de Ação

4ª Linha de Ação

"Era uma vez um padre que queria voar e morreu doido".

  • Construção da passarola por Blimunda, Baltasar e Bartolomeu
1. Fuga de Bartolomeu Lourenço para Espanha, perseguido pela Inquisição (cap.XVI) 2. Morte do padre Bartolomeu Lourenço (cap.XVII)

Linhas de Ação

  • Espaço

Referências espaciais e temporais

  • Tempo

1724

Referências temporais

  • “sete anos há que andam nisto” (p.286)

1725

  • “Desde que na vila de Mafra, já lá vão oito anos, foi lançada a primeira pedra da basílica” (p.310);
  • “o certo é ter nascido aqui, há quarenta anos feitos” (p.321)
  • Ridiculariza o poder régio
  • Revela solidariedade para com os oprimidos
Critica alguns costumes do séc.XVIII como por exemplo:
  • Opulência e exuberância do rei, contrastando com a extrema miséria do povo;
  • Inquisição - a repressão que exerce sobre o povo;
  • Rei que recruta friamente trabalhadores para a concretização da sua promessa;

Visão crítica do narrador

Em suma: José Saramago utiliza um tom irónico e sarcástico para criticar a sociedade daquela época.

  • Heterodiegético, ou seja, exterior à história. Surge normalmente na 3ª pessoa.
Exemplo: “Em S. Sebastião da Pedreira, querem Baltasar e Blimunda saber que rumo hão- de dar à vida” (p. 258)
  • Omnisciente, ou seja, revelador de um conhecimento total dos acontecimentos, pensamentos e sentimentos das personagens.
Exemplo: “Não tinham medo, estavam apenas assustados com a sua própria coragem.” (p. 265)

Classificação do narrador

  • Comentador depreciativo - Critica a opulência e exuberância do rei D. João V, através da enumeração dos bens do Império do mesmo.
Exemplo: “... de Macau as sedas, os estofos, as porcelanas, os lacados, o chá, a pimenta, o cobre, o âmbar cinzento, o ouro, de Goa os diamantes brutos, os rubis, as pérolas, a canela, mais pimenta, os panos de algodão, o salitre, de Diu os tapetes, os móveis tauxiados, as colchas bordadas, de Melinde o marfim, de Moçambique os negros, o ouro, de Angola outros negros, mas estes menos bons, o marfim, que esse, sim, é o melhor do lado ocidental da África, de São Tomé a madeira, a farinha de mandioca, as bananas, os inhames, as galinhas, os carneiros, os cabritos, o indigo, o açúcar, de Cabo Verde alguns negros, a cera, o marfim, os couros, ficando explicado que nem todo o marfim é de elefante, dos Açores e Madeira os panos, o trigo, os licores, os vinhos secos, as aguardentes, as cascas de limão cristalizadas, os frutos, e dos lugares que hão- de vir a ser Brasil o açúcar, o tabaco, o copal, o indigo, a madeira, os couros, o algodão, o cacau, os diamantes, as esmeraldas, a prata, o ouro...” (p.307-308)

Classificação do narrador

1. Concretização de duas construções:

  • Convento – simboliza prisão e privação (construção realizada à custa do esforço humano);
  • Passarola – traduz a harmonia entre o sonho e a sua realização, isto é, graças ao sonho, foi possível juntar a ciência, o trabalho artesanal, a magia e a arte, para fazer a passarola voar (construção realizada à custa das vontades humanas).

Dimensão Simbólica

2. Blimunda: Com o seu poder de visão, compreende as coisas sobre a vida, a morte, o pecado e o amor.

3. Números: 3 e 7

Dimensão Simbólica

Simboliza totalidade e perfeição

Simboliza totalidade e perfeição

  • Baltasar- trabalho físico
  • Blimunda- trabalho espiritual
  • Bartolomeu- trabalho científico
  • 7 trabalhadores individualizados, vindos de 7 regiões diferentes do país e respetivas 7 narrativas (cap.XVIII)

Contribuições feitas por estas três personagens principais para a realização da passarola.

Capítulo XVI

  • Referência feita ao Adamastor e às adversidades da Natureza (p.274 e p.271)

Intertextualidade

Capítulo XVIII

  • Referência feita ao Padre António Vieira (que se liga à personagem Padre Bartolomeu) - (p.313)

Memorial do Convento

Sermão de Santo António aos Peixes

"mar de gente"

"mar de peixes"

  • Utiliza parágrafos com aproximadamente uma página, recorrendo ao uso de uma pontuação reduzida, como a vírgula e o ponto final (p.289-290);
  • Recorre à ironia;
Exemplo: “Se este rei não se acautela acaba santo”
  • Recurso à intertextualidade;
Exemplo: (Adamastor -- p.271 e p.274; Padre António Vieira – p.313)

Identificação de três aspetos da linguagem e do estilo do autor

Não tinham medo, estavam apenas assustados com a sua própria coragem. O padre ria, dava gritos, deixara já a segurança do prumo e percorria o convés da máquina de um lado a outro para poder olhar a terra em todos os seus pontos cardeais, tão grande agora que estavam longe dela, enfim levantaram-se Baltasar e Blimunda, agarrando-se nervosamente aos prumos, depois à amurada, deslumbrados de luz e de vento, logo sem nenhum susto, Ah e Baltasar gritou, Conseguimos, abraçou-se a Blimunda e desatou a chorar, parecia uma criança perdida, um soldado que andou na guerra, que nos Pegões matou um homem com o seu espigão, e agora soluça de felicidade abraçado a Blimunda, que lhe beija a cara suja, então, então. O padre veio para eles e abraçou-se também, subitamente perturbado por uma analogia, assim dissera o italiano, Deus ele próprio, Baltasar seu filho, Blimunda o Espírito Santo, e estavam os três no céu, Só há um Deus, gritou, mas o vento levou-lhe as palavras da boca. Então Blimunda disse, Se não abrirmos a vela, continuaremos a subir, aonde iremos parar, talvez ao sol.

Seleção de um excerto

Capítulo XVI - Páginas 265 e 266

Ficha de trabalho

FIM!