Ilha dos Amores - "Os Lusíadas"
Patrícia Gonçalves Marques
Created on March 29, 2022
Avaliação formativa
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Transcript
Português - 9.º ano
Narrador: Luís de Camões (não participante)Plano narrativo: da Mitologia
Ilha dos Amores
Canto IX - estrofes 18 a 29 de "Os Lusíadas"
Vénus decide preparar uma recompensa para os Portugueses que, entretanto, já tinham iniciado a viagem de regresso a Portugal. Assim, para lhes dar «nos mares tristes, alegria» (IX, 18) e compensá-los pelas dificuldades que Baco lhes tinha criado durante a viagem, pretende proporcionar-lhes o merecido «descanso/No Reino de cristal, líquido e manso» (IX, 19). Para isso, considera sensato contar com a ajuda do «seu filho» (IX, 20) Cupido e, depois de pensar em tudo isto, resolve preparar no meio do oceano, uma «ínsula divina» (IX, 21).
Resumo do episódio
Português - 9.º ano
Português - 9.º ano
Nessa ilha, os Portugueses seriam esperados pelas mais belas ninfas («aquáticas donzelas», IX, 22), que os receberiam «Com danças e coreias» porque estariam apaixonadas pelos navegadores. Vénus já tinha usado uma estratégia semelhante quando fez com que Dido se apaixonasse por Eneias para o receber bem em Cartago (IX, 23) e, tal como nessa altura, decide recorrer a Cupido. Assim, dirige-se no seu carro puxado por cisnes e pombas aos «Idálios montes» (IX, 25), onde este se encontrava ocupado a preparar uma «famosa expedição» para corrigir os erros dos que estavam «Amando cousas que nos foram dadas/Não pera ser amadas, mas usadas.» As estrofes 26 a 29 apresentam exemplos desse amor errado que Cupido pretende corrigir e constituem uma crítica que, em muitos aspetos, continua a ser bastante atual.
Português - 9.º ano
Na estrofe 26, refere-se a história de Actéon, castigado pela deusa Diana, que o transforma em veado, por só se importar com a caça e desprezar a beleza e o amor. Na estrofe 27, são criticados aqueles que, apesar de ocuparem cargos de grande responsabilidade, só se preocupam com eles próprios e são vaidosos e presunçosos, assim como as pessoas que se movimentam nos meios poderosos praticando a adulação. Na estrofe 28, a crítica dirige-se ao amor pelo poder e pela riqueza, sobretudo daqueles que são hipócritas e fingem «justiça e integridade» e às leis que beneficiam os mais poderosos em vez de ajudarem o povo. A estrofe 29 resume todas estas críticas vistas através dos olhos de Cupido - «ninguém ama o que deve» - e conclui com a decisão do filho de Vénus: reunir os seus exércitos para castigar quem não lhe for obediente.
Responde ao questionário.