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apresentação oral
MAFALDA SOFIA GOMES ABREU
Created on February 27, 2022
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Transcript
O mundo em que vivi
trabalho realizado por: Mafalda Abreu nº12 8ºE
Ilse Losa
Escritora portuguesa, autora essencialmente de literatura infantil, nasceu numa aldeia perto de Hanôver, na Alemanha, a 20 de março de 1913, e faleceu a 6 de janeiro de 2006, no Porto. Fugida à perseguição nazi, refugiou-se, em 1934, em Portugal e radicou-se no Porto, adquirindo a nacionalidade portuguesa. Colaborou em várias edições periódicas como O Diabo, Gazeta Musical e de Todas as Artes, Seara Nova, Vértice, Colóquio/Letras, Portucale, JL. Traduziu, para português, vários escritores de língua alemã (Brecht, Max Frisch, Adolf Himmel, entre outros) assim como o dinarmaquês Andersen, e, para alemão, vários autores portugueses. A sua obra narrativa e poética, publicada essencialmente na década de 50, centra-se na retrospetiva autobiográfica, evocando a infância e a adolescência, enquanto vivência ensombrada pela rutura da inocência e da unidade efetuada pela experiência do horror nazi e pela perda da pátria de origem. A simplicidade com que exprime angústias passadas e presentes, com especial menção para o sentimento de se reconhecer estrangeira e estranha quer no espaço natal quer na pátria adotiva, estabelece uma continuidade com a escrita para crianças, domínio a que dedicou uma obra extensa, distinguida, em 1984, com o Prémio Gulbenkian de Literatura Infantil. O seu primeiro romance, O Mundo em que Vivi (1949), retrata o ambiente de guerra vivido, ainda em criança, na Alemanha. Do conjunto das suas obras, destacam-se ainda Sob Céus Estranhos (1962); Na Quinta das Cerejeiras (1984 - Prémio Calouste Gulbenkian); e Caminhos Sem Destino (1991).
Resumo
Numa escrita inexcedivelmente sóbria e transparente, e através de breves episódios, este romance conduz-nos em crescendo de emoção desde a primeira infância rural de uma judia na Alemanha, pelos finais da Primeira Guerra Mundial, até ao avolumar de crises(inflamação, desemprego, assassínio de Rathenau, aumento de influência e vitória dos Nazis) que por fim a obrigam ao exílio mesmo na iminência de um destino trágico num campo de concentração. Há uma felicíssima imagem simbólica de tudo, que é a do lento avançar de uma trovoada que acaba por estar «mesmo em cima de nós». Assistimos aos rituais judaicos públicos e domésticos, a uma clara atração alternativa entre a emigração para os Estados Unidos e o sionismo. Fica-se simultaneamente surpreendido pela correspondência e pelas diferenças entre o adolescer e o viver adulto em meios culturais muito diversos, pois há relances de vida religiosa luterana, católica e de agnosticismo à margem da experiência judaica ortodoxa. Perpassam figuras familiares de recorte nítido: os avós da aldeia, o pai, negociante de cavalos, desfeiteado por , antissemistas e falecido de cancro, os tios progressistas Franz e Maria, o avô Markus, a amorável avozinha Ester , Paul. A ação é desfiada numa sucessão de fases biográficas progessivamente dramáticas.
Porque recomendo
Eu recomendo este livro para quem gosta de romance.Foi um livro que me fez reflectir (mais uma vez!), em todas as atrocidades cometidas naquela época e que me fez olhar para esta menina, com um olhar doce... Tenho a certeza que vão gostar desta leve, com os olhos ingénuos e puros de uma criança, mas que tanto nos oferece para pensar...
«Era como se alguém começasse a medir a distância da trovoada, o tempo entre o relâmpago e o trovão. Cada quilómetro significava um ano. Uma voz conta: um, dois, três, quatro, cinco... Um estrondo medonho faz estremecer a terra, e uma voz cheia de terror exclama: Agora está mesmo por cima de nós!» p. 138
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