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HISTÓRIAS

Catalina Leite

Created on January 20, 2022

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Transcript

Rosalind Franklin

1963

Mileva Marić

Marie Tharp

Rosalind Franklin

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Foi uma química britânica cuja pesquisa mais reconhecida (atualmente) envolveu a técnica de difração de raios-x para análise de materiais cristalinos, especialmente do DNA. Estudou Ciências Naturais no Newnham College, em Cambridge. Pesquisou na Universidade de Cambridge, na British Coal Utilisation Research Association (BCURA) e também no Laboratoire Central des Services Chimiques de l'Etat, em Paris. Depois, foi para o King's College London, em 1951, onde se desentendeu com o diretor John Randall e com Maurice Wilkins, um dos colegas de laboratório.

1963

Foi na King's College London que Rosalind trabalhou com a difração de raio-x para determinar a estrutura do DNA e qual a função dele. Ela tirou a famosa Fotografia 51, que deixou evidente que o DNA era uma dupla-hélice. O problema é que James Dewey Watson e Francis Crick, do laboratório ao lado, estavam investigando o mesmo, mas ainda incapazes de comprovar a estrutura. Tudo mudou quando, em 1953, Wilkins mostrou a Watson a Fotografia 51, sem informar ou pedir permissão de Rosalind. Com a fotografia em mente, o trio (Wilkins, Watson e Crick) usou os próprios dados para publicar a descoberta da dupla hélice do DNA, dois meses depois, na revista Nature. Na mesma edição, Franklin publicou os próprios dados e a fotografia, mas o artigo foi considerado como um pós-escrito (ou seja, uma continuação de outra pesquisa, um adendo). Em 1962, os homens receberam o Prêmio Nobel de Fisiologia e Medicina pela descoberta da dupla hélice. Anos mais tarde, Watson publica o livro "A Dupla Hélice", no qual chama Rosalind de "beligerante, emocional e incapaz de interpretar os próprios dados". Rosalind Franklin faleceu em 1958, com 37 anos, por um câncer nos ovários causando pela exposição aos raios-x. Significa que ela nunca soube que sua pesquisa culminou no Nobel de Wilkins, Watson e Crick; a instituição não premia postumamente.

Além do DNA, foi responsável por compreender as estruturas moleculares do RNA, do vírus, do carvão mineral e da grafite. Em 2008, recebeu postumamente o Prêmio Louisa Gross Horwitz, para pesquisadores com contribuições notáveis na pesquisa básica nos campos da biologia e bioquímica.

Mileva Marić

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Mileva Marić foi uma física e matemática austro-húngara. Ela é mais conhecida, no entanto, como a primeira esposa de Albert Einstein. Ela o conheceu no Instituto Federal de Tecnologia de Zurique (ETHZ), onde era a única mulher da turma. Foi também a segunda mulher a terminar o curso no Departamento de Matemática e Física da instituição. Desde a graduação, Mileva e Einstein eram muito próximos. Ela era uma aluna exemplar, enquanto Einstein pouco assistia às aulas ou, em alguns casos, não cumpria os requisitos educacionais ― Mileva, inclusive, o colocava na linha.

1963

Mesmo após a faculdade, Mileva e Albert tiveram uma grande parceria nas pesquisas assinadas por Einstein. Sabe-se disso pelas cartas trocadas entre ela e o físico, além de outras enviadas para amigos de ambos. Nelas, Einstein sempre se referia aos estudos no plural. Por exemplo, em setembro de 1900, Albert escreveu a Mileva: “Estou ansioso para retomar nosso novo trabalho comum. Por enquanto, você deve continuar com sua pesquisa - como ficarei orgulhoso de ter uma doutora como esposa enquanto sou apenas um homem comum." Já em 20 de dezembro de 1900, Mileva escreveu à amiga Helene Savić: "Enviaremos uma cópia particular para Boltzmann para ver o que ele pensa e esperamos que ele responda". Em 4 de abril de 1901, Albert escreve para Mileva: "Michele Besso visitou seu tio em meu nome, o professor Jung, um dos físicos mais influentes da Itália, e deu a ele uma cópia de nosso artigo". Os artigos, no entanto, eram assinados sempre no nome de Albert Einstein. De acordo com historiadores, com a permissão de Mileva por alguns motivos: 1) ela queria impulsionar o nome de Einstein, para que ele tivesse um emprego; 2) ela entendia que ter o nome de uma mulher nos artigos poderia fazer com que os editores o recusassem ou menosprezassem; 3) ela via a parceria como uma "entidade", as constribuições de ambos sendo inseparáveis. Infelizmente, a parceria e o casamento terminaram após Albert Einstein trair Mileva com a prima dele, Elsa Löwenthal. Mas Mileva não saiu do relacionamento sem antes fazer Einstein assinar uma cláusula no documento de divórcio no qual se comprometia, caso ganhasse um Nobel, a entregar todo o dinheiro para a ex-esposa. Até hoje, não se sabe o quanto Mileva contribuiu para as teorias de Einstein, mas relatos indicam que ela foi responsável por grande parte dos cálculos matemáticos das pesquisas.

Leia mais: La vida olvidada de la primera esposa de Einstein

Marie Tharp

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Foi uma geóloga e cartógrafa oceonográfica, a primeira pessoa a mapear o fundo oceânico. Ela é formada em Língua Inglesa e Música pela Universidade de Ohio; em Geologia pela Universidade de Michigan e em Matemática pela Universidade de Tulsa. Em 1948, começou a trabalhar como técnica em cartografia na Universidade Columbia, ao lado de Bruce Heezen. Eles começaram a trabalhar no mapeamento da topografia do assoalho oceânico. Para isso, era necessário embarcar em um navio e mandar ecos até o fundo do mar e calcular o retorno deles.

1963

O problema é que Tharp foi proibida de ir à campo porque mulheres estavam impedidas de trabalhar em navios: acreditava-se que elas davam azar. Então, Tharp ficou em terra firme enquanto Heezen aventurou-se para coletar os dados, que posteriormente eram enviados para Tharp analisar e traduzí-los em mapa. Nesse processo, ela identificou que o assoalho oceânico não era plano, como imaginava-se até então, mas cheio de declives e até fendas. Os dados embasavam a Teoria da Deriva Continental, proposta pelo meteorologista Alfred Wegener em 1913, mas recusada pelos pesquisadores na época. Tharp começou a apoiar a teoria de Wegener, mas Heezen descartou as hipóteses de Marie e as definiu como "conversa de garota". Apesar disso, ela insistiu e produziu análises mais detalhadas, que depois puderam ser comparadas às pesquisas de Howard Foster, que identificava os epicentros de terremotos exatamente no mesmo local mapeado por Tharp.

As evidências eram tantas que até mesmo Heezen precisou reconhecer as hipóteses de Tharp. Assim, a geóloga foi diretamente responsável por fortalecer tanto a Teoria da Deriva Continental, quanto a Teoria das Placas Tectônicas (que seria uma versão mais ampliada da primeira). Em 2001, Marie Tharp recebeu o primeiro prêmio anual Lamont-Doherty por sua contribuição à ciência e seu trabalho pioneiro na oceanografia. Ela morreu de câncer em 23 de agosto de 2006.