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Tanto de meu estado me acho incerto
Francisca Viegas
Created on November 10, 2021
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Transcript
Tanto de meu estado me acho incerto
Tanto de meu estado me acho incerto,que em vivo ardor tremendo estou de frio; sem pausa, juntamente choro e rio, o mundo todo abarco e nada aperto. É tudo quanto sinto, um desconcerto; da alma fogo me sai, da vista um rio; agora espero, agora desconfio, agora desvario, agora acerto. Estando em terra, chego ao Céu voando, num' hora acho mil anos, e é de jeito que em mil anos não posso achar um' hora. Se me pergunta alguém porque assi ando, respondo que não sei; porém suspeito que só porque vos vi, minha Senhora.
1º momento (1ª e 2ª quadra e 1º terceto)
- O sujeito poético é caracterizado pelo desconcerto (desordem), descreve o seu estado de espírito e fala sobre a sua experiência amorosa e sobre o amor.
2º momento (2º terceto)
- Suspeita que a causa do seu estado de espírito seja por ter visto a sua “Senhora” e não poder estar com ela.
Análise semântica - organização de ideias
Tanto de meu estado me acho incerto,que em vivo ardor tremendo estou de frio; sem pausa, juntamente choro e rio, o mundo todo abarco e nada aperto. É tudo quanto sinto, um desconcerto; da alma fogo me sai, da vista um rio; agora espero, agora desconfio, agora desvario, agora acerto. Estando em terra, chego ao Céu voando, num' hora acho mil anos, e é de jeito que em mil anos não posso achar um' hora. Se me pergunta alguém porque assi ando, respondo que não sei; porém suspeito que só porque vos vi, minha Senhora.
- O sujeito poético não sabe ao certo o que está a sentir - apenas que sente frio (o inverno - onde tudo se torna um pouco mais triste; ou a tristeza que sente por estar sozinho)
- O sujeito poético chora e ri, por estar longe da sua amada (“choro”) e por lembrar-se dos bons momentos em que estiveram juntos (“rio”)
- Afirma ainda que procura algo, porém nunca acaba por encontrar nada, sem saber a causa desta procura.
Análise semântica - organização de ideias
Tanto de meu estado me acho incerto,que em vivo ardor tremendo estou de frio; sem pausa, juntamente choro e rio, o mundo todo abarco e nada aperto. É tudo quanto sinto, um desconcerto; da alma fogo me sai, da vista um rio; agora espero, agora desconfio, agora desvario, agora acerto. Estando em terra, chego ao Céu voando, num' hora acho mil anos, e é de jeito que em mil anos não posso achar um' hora. Se me pergunta alguém porque assi ando, respondo que não sei; porém suspeito que só porque vos vi, minha Senhora.
- O eu lírico sente um desequilíbrio interior, saindo-lhe “fogo da alma” e “da vista um rio” - a raiva, dor, e tristeza que sente
- Acaba por sentir muitas outras emoções, como confiança e insegurança acerca do seu amor - o sujeito lírico continua sem saber ao certo o que sente em relação ao amor
Análise semântica - organização de ideias
Tanto de meu estado me acho incerto,que em vivo ardor tremendo estou de frio; sem pausa, juntamente choro e rio, o mundo todo abarco e nada aperto. É tudo quanto sinto, um desconcerto; da alma fogo me sai, da vista um rio; agora espero, agora desconfio, agora desvario, agora acerto. Estando em terra, chego ao Céu voando, num' hora acho mil anos, e é de jeito que em mil anos não posso achar um' hora. Se me pergunta alguém porque assi ando, respondo que não sei; porém suspeito que só porque vos vi, minha Senhora.
- Quando o sujeito poético está com a sua amada, acha que está no paraíso por esta ser perfeita
- O sujeito poético da sua amada estão muito distantes um do outro, fazendo com que este sinta um enorme desejo de estar com ela, afetando a perceção do tempo do sujeito poético (as horas tornam-se mil anos e em mil anos não consegue encontrar uma hora)
Análise semântica - organização de ideias
Tanto de meu estado me acho incerto,que em vivo ardor tremendo estou de frio; sem pausa, juntamente choro e rio, o mundo todo abarco e nada aperto. É tudo quanto sinto, um desconcerto; da alma fogo me sai, da vista um rio; agora espero, agora desconfio, agora desvario, agora acerto. Estando em terra, chego ao Céu voando, num' hora acho mil anos, e é de jeito que em mil anos não posso achar um' hora. Se me pergunta alguém porque assi ando, respondo que não sei; porém suspeito que só porque vos vi, minha Senhora.
- O sujeito poético aceita a ausência e a saudade que sente perante a sua amada
- O estado de espírito do psujeito poético deve-se a ter visto a sua “Senhora” e não poder estar com ela
Análise estilística
Tanto de meu estado me acho incerto,que em vivo ardor tremendo estou de frio; sem pausa, juntamente choro e rio, o mundo todo abarco e nada aperto.
Antítese (“choro e rio” - v.3)
- O sujeito poético demonstra os sentimentos opostos que sente em relação à sua experiência amorosa. Por um lado, chora já que está muito distante da sua amada; por outro lado, ri porque fica feliz ao lembrar-se dos momentos em que ele e a sua amada passaram juntos.
Análise estilística
Hipérbole (“da alma um fogo me sai, da vista um rio” - v.6)
É tudo quanto sinto, um desconcerto;da alma fogo me sai, da vista um rio; agora espero, agora desconfio, agora desvario, agora acerto.
- Exprime o desconforto interior - dor, raiva, e tristeza pela paixão não correspondida entre o sujeito poético e a sua amada.
Anáfora (“agora espero, agora desconfio / agora desvario, agora acerto” - v.7/8)
- Reforça a ilusão inicial do sujeito poético em relação ao amor entre ele e a sua amada, seguida de desilusão e descrença
Análise estilística
Estando em terra, chego ao Céu voando,num' hora acho mil anos, e é de jeito que em mil anos não posso achar um' hora.
Hipérbole (“chego ao céu voando” - v.9)
- Significa que quando o sujeito poético está com a sua amada sente que está no paraíso. Expressa a ilusão de mesmo quando este está com a sua amada, pois ele acredita que o amor entre os dois irá durar para sempre.
Análise estilística
Se me pergunta alguém porque assi ando,respondo que não sei; porém suspeito que só porque vos vi, minha Senhora.
Apóstrofe (“minha Senhora” - v.14)
- O sujeito poético interpela à sua "Senhora", para justificar que o seu sofrimento deve-se a tê-la visto e não poder estar com ela, já que a sua “Senhora” é inacessível.
Análise Formal
- Soneto composto por 2 quadras e 2 tercetos
- Versos decassílabos - 10 sílabas métricas, conforme a escansão do 1° verso ("Tanto do meu estado me acho incerto")
- Esquema rimático: abba/abba/cde/cde, sendo a rima interpolada e emparelhada nas quadras e interpolada nos tercetos.
Tan/to/ do/ meu es/ta/do/ me a/cho/ in/cer/to
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Intertextualidade
- Cantora sente uma luta interior sobre o que sabe e o que não sabe, em relação aos seus sentimentos e sobre a vida em geral
- Ela tenta fazer de tudo para que o seu amor dure mas é tudo apenas uma ilusão
- A cantora apresenta a ideia de que o amor “tirou um bocado” dela - ela continua presa a essa pessoa e que não está completa longe dele.
Eu sei lá, em que dia da semana vamos Sei lá, qual é a estação do ano Sei lá, talvez nem sequer queira saber Eu sei lá, porque dizem que estou louca Sei lá, já não sou quem fui sou outra Sei lá, pergunta-me amanhã talvez eu saiba responder E eu juro, eu prometo e eu faço, e eu rezo Mas no fim o que sobra de mim E tu dizes coisas belas, histórias de telenovelas Mas no fim tiras mais um pouco de mim Então força leva mais um bocado Que eu não vou a nenhum lado Leva todo o bom que há em mim Que eu não fujo, eu prometo, eu perdoo e eu esqueço Mas no fim o que sobra de mim
Intertextualidade
Eu sei lá, em que dia da semana vamos Sei lá, qual é a estação do ano Sei lá, talvez nem sequer queira saber Eu sei lá, porque dizem que estou louca Sei lá, já não sou quem fui sou outra Sei lá, pergunta-me amanhã talvez eu saiba responder E eu juro, eu prometo e eu faço, e eu rezo Mas no fim o que sobra de mim E tu dizes coisas belas, histórias de telenovelas Mas no fim tiras mais um pouco de mim Então força leva mais um bocado Que eu não vou a nenhum lado Leva todo o bom que há em mim Que eu não fujo, eu prometo, eu perdoo e eu esqueço Mas no fim o que sobra de mim
- Na canção e no soneto o sujeito poético está triste e saudoso sem o seu amor, que não sabe ao certo o que sente e que está perdido
- Em ambos os textos o sujeito poético fala sobre a sua experiência amorosa e reflete sobre o amor.