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Transcript

pág. 381-419

Capítulo XII

O Jantar na Casa dos “Gouvarinhos"

pág. 391

  • A pretensão, por membros das elites, de que Portugal é superior aos países europeus (Conde de Gouvarinho, Sousa Neto).

“O Jantar na Casa dos Gouvarinhos"

“O Jantar na Casa dos Gouvarinhos"

pág. 391

  • A pretensão, por membros das elites, de que Portugal é superior aos países europeus (Conde de Gouvarinho, Sousa Neto).

“Mas o conde interpelava-o, o conde queria a opinião do seu amigo Maia. Tratava-se do livro de um inglês, o major Bratt (…) dizia coisas perfidamente desagradáveis para Portugal. O conde via ali só inveja — a inveja que nos têm todas as nações por causa da importância das nossas colónias, e da nossa vasta influência na África... — Está claro — dizia o conde — que não temos nem os milhões, nem a marinha dos Ingleses. Mas temos grandes glórias; o infante D. Henrique é de primeira ordem; e a tomada de Ormuz é um primor... E eu (…) posso afirmar que não há hoje colónias nem mais suscetíveis de riqueza, nem mais crentes no progresso, nem mais liberais que as nossas!”

“O Jantar na Casa dos Gouvarinhos"

pág. 393 e 394

  • A vacuidade ridícula do pensamento de um ministro (Gouvarinho), que considera a memória o bem supremo.

“O Jantar na Casa dos Gouvarinhos"

“— Ainda este Inverno nós lhe ouvimos um paradoxo brilhante! (…) Vossa Excelência não se lembra, Sr.ª D. Maria? Esta minha desgraçada memória! Ó Teresa, lembras-te daquele paradoxo do Barros? Ora sobre que era, meu Deus?... Enfim, um paradoxo muito difícil de sustentar... Esta minha memória!... Pois não te lembras, Teresa? A condessa não se lembrava. E enquanto o conde ficava remexendo ansiosamente, com a mão na testa, as recordações(…) — Ah! — gritou de repente o conde, deixando quase cair o talher. — Agora me lembro.”

pág. 393 e 394

  • A vacuidade ridícula do pensamento de um ministro (Gouvarinho), que considera a memória o bem supremo.

“O Jantar na Casa dos Gouvarinhos"

pág. 390

  • A vacuidade ridícula do pensamento de um ministro (Gouvarinho), que considera a memória o bem supremo.

“O Jantar na Casa dos Gouvarinhos"

“O conde, ao fundo, explicava-lhe amavelmente que o amigo Maia estivera apenas na Holanda. — País de grande prosperidade, a Holanda!... Em nada inferior ao nosso... Já conheci mesmo um holandês que era excessivamente instruído...”

pág. 390

  • A vacuidade ridícula do pensamento de um ministro (Gouvarinho), que considera a memória o bem supremo.

“O Jantar na Casa dos Gouvarinhos"

pág. 399 e 400

  • A ignorância revelada por um “funcionário superior” do Ministério da “Instrução Pública” (Sousa Neto), convencido, por exemplo, de que em Inglaterra não havia literatura…
  • A impreparação dos diplomas que representam Portugal.

“O Jantar na Casa dos Gouvarinhos"

“— E diga-me outra coisa — prosseguiu o Sr. Sousa Neto, com interesse, cheio de curiosidade inteligente. — Encontra-se por lá, em Inglaterra, desta literatura amena, como entre nós, folhetinistas, poetas de pulso?... Carlos deitou a ponta do charuto para o cinzeiro, e respondeu, com descaro: — Não, não há disso. — Logo vi — murmurou Sousa Neto. — Tudo gente de negócio.”

pág. 399 e 400

  • A ignorância revelada por um “funcionário superior” do Ministério da “Instrução Pública” (Sousa Neto), convencido, por exemplo, de que em Inglaterra não havia literatura…
  • A impreparação dos diplomas que representam Portugal.

“O Jantar na Casa dos Gouvarinhos"

pág. 392

  • A ignorância revelada por um “funcionário superior” do Ministério da “Instrução Pública” (Sousa Neto), convencido, por exemplo, de que em Inglaterra não havia literatura…
  • A impreparação dos diplomas que representam Portugal.

“O Jantar na Casa dos Gouvarinhos"

“— Vossa Excelência pois é em favor da escravatura? Ega declarou muito decididamente ao Sr. Sousa Neto que era pela escravatura. Os desconfortosda vida, segundo ele, tinham começado com a libertação dos negros. (…) Só houvera duas civilizações em que o homem conseguira viver com razoável comodidade: a civilização romana e a civilização especial dos plantadores da Nova Orleães. Porquê? Porque numa e noutra existira a escravatura absoluta, a sério, com o direito de morte!...”

pág. 392

  • A ignorância revelada por um “funcionário superior” do Ministério da “Instrução Pública” (Sousa Neto), convencido, por exemplo, de que em Inglaterra não havia literatura…
  • A impreparação dos diplomas que representam Portugal.

“O Jantar na Casa dos Gouvarinhos"

pág. 397 e 398

  • A ignorância revelada por um “funcionário superior” do Ministério da “Instrução Pública” (Sousa Neto), convencido, por exemplo, de que em Inglaterra não havia literatura…
  • A impreparação dos diplomas que representam Portugal.

“O Jantar na Casa dos Gouvarinhos"

“Depois, lentamente, voltou-se para escutar melhor o Ega, que ao lado discutia com o Gouvarinho sobre mulheres. Era a propósito da secretária da Legação da Rússia, (…) O Ega achava-a deliciosa, com o seu corpinho nervoso e ondeado, os seus grandes olhos garços... E o conde, que a admirava também, gabava-lhe sobretudo o espírito, a instrução. Isso, segundo o Ega, prejudicava-a: porque o dever da mulher era primeiro ser bela, e depois ser estúpida... O conde afirmou logo com exuberância que não gostava também de literatas; sim, decerto o lugar da mulher era junto do berço, não na biblioteca...(…) A mulher só devia ter duas prendas: cozinhar bem e amar bem.”

pág. 397 e 398

  • A ignorância revelada por um “funcionário superior” do Ministério da “Instrução Pública” (Sousa Neto), convencido, por exemplo, de que em Inglaterra não havia literatura…
  • A impreparação dos diplomas que representam Portugal.

“O Jantar na Casa dos Gouvarinhos"

pág. 398

  • A ignorância revelada por um “funcionário superior” do Ministério da “Instrução Pública” (Sousa Neto), convencido, por exemplo, de que em Inglaterra não havia literatura…
  • A impreparação dos diplomas que representam Portugal.

“O Jantar na Casa dos Gouvarinhos"

“— Vossa Excelência decerto, Sr. Sousa Neto, sabe o que diz Proudhon? — Não me recordo textualmente, mas... — Em todo o caso Vossa Excelência conhece perfeitamente o seu Proudhon? (…) — Vossa Excelência leu evidentemente, como nós todos, as grandes páginas de Proudhon sobre o amor?(…) —Não sabia — disse ele com um sorriso infinitamente superior — que esse filósofo tivesse escrito sobre assuntos escabrosos!”

pág. 398

  • A ignorância revelada por um “funcionário superior” do Ministério da “Instrução Pública” (Sousa Neto), convencido, por exemplo, de que em Inglaterra não havia literatura…
  • A impreparação dos diplomas que representam Portugal.

“O Jantar na Casa dos Gouvarinhos"

pág. 402

  • A ignorância revelada por um “funcionário superior” do Ministério da “Instrução Pública” (Sousa Neto), convencido, por exemplo, de que em Inglaterra não havia literatura…
  • A impreparação dos diplomas que representam Portugal.

“O Jantar na Casa dos Gouvarinhos"

“— Ó Ega, quem é aquele homem, aquele Sousa Neto, que quis saber se em Inglaterra havia também literatura?Ega olhou-o com espanto: — Pois não adivinhaste? Não deduziste logo? Não viste imediatamente quem neste país é capaz de fazer essa pergunta? — Não sei... Há tanta gente capaz... E o Ega radiante: — Oficial superior de uma grande repartição do Estado! — De qual? — Ora de qual! De qual há de ser?... Da Instrução Pública!”

pág. 402

  • A ignorância revelada por um “funcionário superior” do Ministério da “Instrução Pública” (Sousa Neto), convencido, por exemplo, de que em Inglaterra não havia literatura…
  • A impreparação dos diplomas que representam Portugal.

Trabalho Realizado:

Catarina SantosEowijn MeisterFrancisca Santa-BárbaraFrederica JoãoLeonor Pexirra