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O objetivismo e subjetivismo moral
Isabel Duarte
Created on April 19, 2021
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Transcript
Teorias
1. Objetivismo
Tese (s)
Tese 1- Os juízos morais têm valor de verdade, mas o seu valor de verdade é estabelecido por boas razões, informadas e imparciais.
Tese 2: Há factos morais, mas estes descrevem o que pensaríamos se fossemos inteiramente racionais, informados e imparciais.
Podemos concluir que: Tese 3 - Na ética há verdades universais, estabelecidas pelas razões informadas e imparciais (critérios transubjetivos de valoração).
Argumentos
1. Argumento das boas razões
BR
1.Se há juízos morais que são (não são) justificáveis de um ponto de vista imparcial, então há valores morais objetivamente verdadeiros (falsos). Construir o resto do argumento utilizando a forma de inferência válida "Modus ponens".
1.Se há juízos morais que são (não são) justificáveis de um ponto de vista imparcial, então há valores morais objetivamente verdadeiros (falsos). 2.Há juízos morais que são (não são) justificáveis de um ponto de vista imparcial. 3.Logo, há juízos morais objetivamente verdadeiros (falsos).
Um juízo moral tem de ser apoiado em boas razões que são informadas e imparciais: critéros transubjetivos. Critérios que possam ser aceites por qualquer indivíduo racional e que ultrapassam a perspetiva de cada um.
2. Argumento das consequências indesejáveis:
CI
1. Se o SM ou o RM estivessem corretos, então teríamos de aceitar perspetivas morais consideradas inaceitáveis. Construir o resto do argumento utilizando a forma de inferência válida "Modus tollens".
1. Se o SM ou o RM estivessem corretos, então teríamos de aceitar perspetivas morais consideradas inaceitáveis. 2. Não temos de aceitar perspetivas morais consideradas inaceitáveis. 3. Logo, o subjetivismo e o relativismo cultural não estão corretos.
Se o SM ou o RM estivessem corretos teríamos de aceitar perspetivas morais consideradas inaceitáveis, como a escravatura, o racismo, etc.
É evidente que tais perspetivas conduzem a consequências sociais e culturais indesejáveis, pelo que não temos boas razões, informadas e imparciais, para as aceitar.
3. Argumento da coincidência dos valores:
CV
Se analisarmos várias culturas, encontramos uma grande coincidência em algumas crenças fundamentais acerca de valores. Essa coincidência pressupõe a sua correção. Exemplo: a interdição de matar, etc
Construir o argumento utilizando a forma de inferência válida "Modus ponens".
1. Se encontramos uma grande coincidência em algumas crenças fundamentais acerca de valores, então essa coincidência pressupõe a sua correção. 2. Encontramos uma grande coincidência em algumas crenças fundamentais acerca de valores. 3. Logo, essa coincidência pressupõe a sua correção.
Críticas
1. O desacordo: A ética não pode ser objetiva. A ideia de que todos reconhecemos de igual modo o que é correto ou incorreto não se verifica na prática.
2. A estranheza: O objetivismo presupõe a existência de propriedades reais e objetivas das coisas (estranhas), que teriam a capacidade de levar um sujeito a agir de uma determinada forma. No entanto, não parece existir nada no mundo com essas caraterísticas.
Teoria
2. Subjetivismo
Tese 1 - Os juízos morais têm valor de verdade, mas o seu valor de verdade depende da perspetiva do sujeito que faz o juízo.
Tese 2 - Há factos morais, mas estes são subjetivos, pois só dizem respeito aos sentimentos de aprovação ou reprovação das pessoas.
Podemos concluir que: Tese 3 - os juízos morais descrevem apenas os nossos sentimentos de aprovação ou reprovação, ou seja, opiniões pessoais e não verdades objetivas.
Ninguém pode dar lições de moral a ninguém: a cada qual a sua verdade.
Argumentos
1.Se além das nossas preferências pessoais e subjetivas houvesse um domínio de factos morais (verdades objetivas) ao qual pudéssemos apelar, então tais desacordos não teriam lugar. Construir o resto do argumento utilizando a forma de inferência válida "Modus tollens".
1.Se além das nossas preferências pessoais e subjetivas houvesse um domínio de factos morais (verdades objetivas) ao qual pudéssemos apelar, então tais desacordos não teriam lugar. 2.Existem profundos desacordos no que diz respeito ao valor de verdade dos juízos morais. 3.Logo, não há um domínio de factos morais (verdades objetivas) além das nossas preferências pessoais e subjetivas.
Este argumento da diversidade ou dos desacordos parte do facto de que os juízos morais, sobre o que quer que seja, variam de indivíduo para indivíduo, variando até ao longo da vida do mesmo indivíduo. Portanto, não há verdades objetivas sobre os valores.
2. O argumento do fomento da liberdade
FL
1. Se o valor de verdade dos juízos morais não depende da perspetiva de cada sujeito, então teremos limites na nossa liberdade de ação (imposto por algo exterior ao sujeito). Construir o resto do argumento utilizando a forma de inferência válida "Modus tollens".
1. Se o valor de verdade dos juízos morais não depende da perspetiva de cada sujeito, então teremos limites na nossa liberdade de ação (imposto por algo exterior ao sujeito). 2. Não temos limites na nossa liberdade de ação. 3. Logo, o valor de verdade dos juízos morais depende da perspetiva de cada sujeito.
O SM fomenta a liberdade porque entende que a verdade ou a falsidade dos juízos morais depende das crenças e opiniões de cada indivíduo, em suma, do seu código moral pessoal.
Um ato é correto ou errado se um determinado indivíduo, exercendo a sua liberdade, o considerar correto ou errado.
3. Argumento da tolerância:
1. Se o valor de verdade dos juízos morais depende da perspetiva de cada sujeito, então cada um tem as suas preferências (não havendo uma preferência melhor ou pior). Construir o resto do argumento utilizando a forma de inferência válida "Silogismo hipotético".
1.Se o valor de verdade dos juízos morais depende da perspetiva de cada sujeito, então cada um tem as suas preferências (não havendo uma preferência melhor ou pior). 2.Ora se cada um tem as suas preferência (não havendo uma preferência melhor ou pior), então tornamo-nos mais tolerantes a respeito das pessoas com preferências diferentes. 3. Logo, se o valor de verdade dos juízos morais depende da perspetiva de cada sujeito, então tornamo-nos mais tolerantes.
Se admitirmos que ninguém está objetivamente certo ou errado acerca dos valores, não teremos tendencia a impor aos outros os nossos valores, promovendo assim uma saudável convivência baseada na tolerância.
4. Argumento da ESTRANHEZA DOS VALORES:
Ataca a existência de valores como propriedades das coisas. Para que seja objetivamente verdade que uma mesa seja constituída por átomos, tem de haver átomos. Assim, para que seja objetivamente verdade que uma ação é boa, seria necessário a existência desse valor (bem) e a sua presença nessa ação.
Mas ninguém tem provas de que eles existem de facto no mundo, e não apenas nas nossas mentes.
OBJEÇÕES OU CRÍTICAS
1.Torna impossível a existência de um debate racional sobre questões morais:
Não faz sentido debater ou discutir porque será conversa de surdos. Cada qual exprime gostos diferentes e julga que sentimentos não se discutem. Nunca é possível que alguém esteja enganado em questões morais.
2. O Subjetivismo é contraditório:
Por um lado, sustenta-se que o bem depende da perspetiva (sentimemto de aprovação ou desaprovação) de cada sujeito. Mas, por outro lado, está a pressupor que a tolerância é um bem objetivo e, por isso, há pelo menos um bem que não depende da perspetiva de cada sujeito.
3. O subjetivismo permite que qualquer juízo moral seja verdadeiro:
O António pensa que é correto torturar inocentes. A Ana considera que é errado torturar inocentes. Como ambos exprimem a sua opinião, as duas afirmações são verdadeiras. A ética é arbitrária e não permite distinguir o certo do errado.
4. O subjetivismo não nos dá informações sobre como usar a liberdade de forma responsável.