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dies irae
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Created on March 9, 2021
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Transcript
DIES IRAE, Miguel Torga
Ana Coelho e Rafael Viana, 3TM Técnico de Multimédia
Disciplina de Português, Prof. Carla Maia
Índice
10
03
Conclusão
O Autor
11
04
Kahoot
Leitura do Poema
05
Análise Externa/ Formal
06
Análise Interna
O Autor
O nome Miguel Torga, pseudónimo de Adolfo Correia da Rocha, tem origem em 1934 como homenagem aos escritores Miguel de Cervantes e Miguel de Unamuno, e às suas origens serranas, pois Torga é o nome de uma planta brava. Foi um dos mais influentes poetas e escritores portugueses do século XX. Nasceu em S. Martinho de Anta, Vila Real, a 12 de agosto de 1907, e morreu em Coimbra, a 17 de janeiro de 1995. Destacou-se como poeta, contista e memorialista, mas escreveu também romances, peças de teatro e ensaios.
Apetece cantar, mas ninguém canta. Apetece chorar, mas ninguém chora. Um fantasma levanta A mão do medo sobre a nossa hora. Apetece gritar, mas ninguém grita. Apetece fugir, mas ninguém foge. Um fantasma limita Todo o futuro a este dia de hoje. Apetece morrer, mas ninguém morre. Apetece matar, mas ninguém mata. Um fantasma percorre Os motins onde a alma se arrebata. Oh! maldição do tempo em que vivemos, Sepultura de grades cinzeladas, Que deixam ver a vida que não temos E as angústias paradas!
Leitura do Poema
Este poema encontra-se na página 138 do manual.
Dies Irae: Dias de Ira
Análise Externa/ Formal
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
/ / / / / / / / / /
ab a b c d c d e f e f g h g h
A pe te ce can tar, mas nin guém can ta. Apetece chorar, mas ninguém chora. Um fan tas ma le van ta A mão do medo sobre a nossa hora. Apetece gritar, mas ninguém grita. Apetece fugir, mas ninguém foge. Um fantasma limita Todo o futuro a este dia de hoje. Apetece morrer, mas ninguém morre. Apetece matar, mas ninguém mata. Um fantasma percorre Os motins onde a alma se arrebata. Oh! maldição do tempo em que vivemos, Sepultura de grades cinzeladas, Que deixam ver a vida que não temos E as angústias paradas!
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Este poema tem quatro quadras.
Em cada quadra, apresenta três versos decassilábicos e um hexassílabo.
Quanto à rima, este poema apresenta rima cruzada em toda a sua extensão.
Análise Interna
Como o título "Dias de Ira" remete, são dias em que nos apetece chorar, gritar, fugir.... Remete também para um hino latim usado como forma de apelar por paz e descanso.
Dies Irae
versos
Apetece cantar, mas ninguém canta. Apetece chorar, mas ninguém chora. Apetece gritar, mas ninguém grita. Apetece fugir, mas ninguém foge. Apetece morrer, mas ninguém morre. Apetece matar, mas ninguém mata.
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O paralelismo dos 2 primeiros versos das 3 primeiras quadras salienta a opisição entre o que é a vontade do povo e o que é realmente permitido, com o uso acentuado da conjunção adversativa "mas".
paralelismo
Análise Interna
Dies Irae
O eu poético exprime o desejo de cantar e chorar, gritar e fugir, mas um fantasma impede a sua concretização. Podemos subentender que este "fantasma" é o lider político que liderava na altura, ou seja, o sujeito poético referia-se à ditadura. A sua figura é usada para dar a sensação de medo, falta de liberdade e insatosfação. Ao referi-lo, o eu lírico apresenta um outro paralelismo, justificando as situações que anteriormente refere causadas pela opressão.
versos
Apetece cantar, mas ninguém canta. Apetece chorar, mas ninguém chora. Um fantasma levanta A mão do medo sobre a nossa hora. Apetece gritar, mas ninguém grita. Apetece fugir, mas ninguém foge. Um fantasma limita Todo o futuro a este dia de hoje.
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Análise Interna
Dies Irae
versos
Esta última estrofe é a conclusão dos lamentos do sujeito poético, em relação aos tempos que vive e menciona ao longo do poema(ditadura). A "sepultura de grades cinzeladas" remete a uma prisão, com grades que permitem ver a vida que não pode ter ["Que deixam ver a vida que não temos"] e ainda dá uma ideia de morte. O fantasma referido em todo o poema não permite qualquer ação em relação ao que sentem, ou seja, à angústia ["as angústias paradas!"].
13 1415 16
Oh! maldição do tempo em que vivemos, Sepultura de grades cinzeladas, Que deixam ver a vida que não temos E as angústias paradas!
Análise Interna
Apetece cantar, mas ninguém canta. Apetece chorar, mas ninguém chora. Um fantasma levanta A mão do medo sobre a nossa hora.
Anáfora
Metáfora
Oh! maldição do tempo em que vivemos, Sepultura de grades cinzeladas, Que deixam ver a vida que não temos E as angústias paradas!
Interjeição
Conclusão
Este poema apresenta uma temática baseada no medo, sofrimento e na falta de liberdade, imposta por um regime politico opressivo["fantasma"], que limita a vida e o pensamento.
KAHOOT
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