Adriana Roso Lorenzoni

Diretrizes para a Educação Integral no Sistema Colégio Militar do Brasil - SCMB

Adriana Roso Lorenzoni

Unidades escolares do SCMB

Diretrizes Gerais para a Educação Integral(Ensino Fundamental)

Conceito

Estas diretrizes compreendem um conjunto de princípios, fundamentos, procedimentos, dimensões e indicadores de qualidade que visam orientar a definição de estratégias pedagógicas, para o Ensino Fundamental, nos Colégios Militares a partir da consecução da Educação Integral no Sistema.

Justificativa

As diretrizes devem nortear as estratégias pedagógicas articulando o saber escolar com a formação de cidadãos cônscios e comprometidos com o seu bem e o bem comum. Propondo de forma clara e didática, a concepção de educação integral e os pressupostos que a fundamentam e balizam.

Index

Educação de Qualidade

Educação Integral

Dimensões e Indicadores de Qualidade

Conceito

A escola pensada para ser integral, com ampliação da jornada, precisa viabilizar para crianças, adolescentes e jovens uma educação verdadeiramente voltada à integralidade do ser humano, com a promoção da partilha e construção de significados, valores e identidades. Não pode ser apenas ampliação de tempos escolares em contraturno, mas ampliação de qualidade dos tempos escolares.

Fonte: CENTRO DE REFERENCIA DE EDUCAÇÃO INTEGRAL. Disponível em: <https://educacaointegral.org.br/conceito/>.

Contribuições para a formação humana

A Educação Integral contribui para a formação integral do ser humano porque o espaço escolar é pensado a partir do estudante e de sua aprendizagem.

Compreendendo conceitos:

Tempo integral

Turno integral

Contraturno

Ampliação do tempo escolar em alguns dias da semana, em caráter obrigatório aos estudantes, para a execução dos projetos pedagógicos. Cisão em turno e contraturno. No turno, disciplinas curriculares, no contraturno, atividades complementares.

Ampliação do tempo escolar sem ou com pouca rearticulação dos espaços, do currículo, das dinâmicas pedagógicas, etc. Preocupação premente no reforço da aprendizagem e o cuidado e proteção dos sujeitos.

Turno inverso ao turno curricular (entendido como mais importante). Desenvolvidas diversas atividades tidas como complementares, como o reforço escolar, a recuperação da aprendizagem e demais atividades esportivas e culturais.

INFO

Educação da equidade

Políticas educacionais

- Constituição Federal de 1988

- Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – nº 9.394/1996

- Plano Nacional de Educação nº 13005/2014

- Programa Novo Mais Educação

Educação dequalidade

Papel da escola como protagonista

Inclusão equitativa

Formação para a cidadania

Dimensões de qualidade

Dimensão extraescolar de qualidade

Dimensão intraescolar de qualidade

Boas e dinâmicas práticas educativas

Condições das instalações

Infraestrutura da escola

Dimensão intraescolar

Formação acadêmica docente

Eficiência da gestão

INTRAESCOLAR

Acesso e permanência dos alunos na escola

Desempenho escolar

INFO

Nível de renda e o acesso a cultura e a tecnologia das famílias e da comunidade no entorno

Necessidade dos alunos de abandonar os estudos para entrar no mercado de trabalho

Dimensão extraescolar

Falta de reconhecimento da comunidade quanto a importância da educação dos filhos

Ações do Estado

EXTRAESCOLAR

Violência no entorno escolar

Questões de abandono familiar

INFO

Indicadores de qualidade

“Indicadores são sinais que revelam aspectos de determinada realidade e que podem qualificar algo” (BRASIL, 2013, p. 5).

• São ferramentas importantes para pontuar elementos relacionados as dimensões intra e extraescolares, possibilitando diagnosticar os problemas e as necessidades da escola e, a partir daí, estabelecer metas e objetivos para superar e organizar as demandas de cada instituição educativa.
• Possibilitam o planejamento e o monitoramento da ação pedagógica para que a escola e a comunidade conheça o resultado do trabalho ali executado.

Dimensões de qualidade analisadas no âmbito dos colégios do SCMB

GESTÃO ESCOLAR DEMOCRÁTICO-PARTICIPATIVA

INFRAESTRUTURA E RECURSOS MULTIFACETADOS

ACESSO, PERMANÊNCIA E AVALIAÇÃO EMANCIPATÓRIA

AMBIENTEEDUCATIVO PLURAL E VALORATIVO

FORMAÇÃO, VALORIZAÇÃO E EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL

PRÁTICAS PEDAGÓGICAS DIALÓGICAS E INTERDISCIPLINARES

Dimensão gestão escolardemocrático-participativa

Gestão de conflitos a partir de práticas dialógicas e pautadas em princípios democráticos

Descentralização do poder

Desburocratização e transparência de processos

Existência e atuação de órgãos colegiados de maneira qualificada e representativa dos segmentos escolares

Participação e autonomia nas decisões e ações administrativo-pedagógicas

Processos comunicacionais, administrativos e pedagógicos com fluência tecnológica

(Re)construção da cultura organizacional do TI no coletivo da comunidade escolar

Dimensão infraestrutura erecursos multifacetados

Infraestrutura física adequada, adaptada ou ampliada para atender o TI

Financiamento para as demandas da TI

Recursos humanos

Utilização de espaços físicos extraescolares

Recursos tecnológicos e digitais

Realização de parcerias/atividades extraescolares

Recursos e materiais didáticos

Dimensão acesso, permanência e avaliação emancipatória

Acesso e permanência equitativa dos estudantes

Avaliação institucional

Autoavaliação discente

Atendimento às necessidades especiais

Autoavaliação docente

Acesso as atividades de TI para todos/as

Processos de avaliação formativa e sumativa

Dimensão formação, valorizaçãoe experiência profissional

Formação dos profissionais da educação (inicial e permanente)

Grau de satisfação profissional e com o PPP da Unidade Escolar

Formação com relação ao TI na escola

Contingente de profissionais nas escolas e no TI

Plano de carreira, estabilidade profissional e valorização salarial

Tempo de atuação na escola e dedicação exclusiva

Infraestrutura e boas condições de trabalho

Dimensão práticas pedagógicasdialógicas e interdisciplinares

Consecução do PPP a partir de processos colaborativos e interdisciplinares

(Re)articulação e (res)significação dos tempos e das atividades de TI

Planejamento escolar participativo, dialógico e coletivo

Estratégias de ensino-aprendizagem inovadoras

Estratégias de ensino de TI diversificadas e interconectadas ao núcleo básico curricular

Participação dos estudantes e suas famílias no ensino-aprendizagem

Dinâmicas curriculares inter-relacionadas a realidade dos estudantes

Dimensão ambiente educativoplural e valorativo

Desenvolvimento de valores universais e perenes

Inclusão social e de necessidades especiais

Direitos e deveres como aspectos elementares nos processos educativos

Práticas dialógicas entre a comunidade escolar e extraescolar

Valorização da pluralidade e da diversidade cultural, de gênero, etnia...

Disciplina coletiva e individual como pilar de boas práticas e convivência socioeducacional

Autonomia político-pedagógica

Referências que fundamentam as diretrizes para a Educação Integral no SCMB

• CAVALIERE. Ana Maria. Escola pública de tempo integral no Brasil: Filantropia ou Política de Estado? In: Revista Educ. Soc., Campinas, v. 35, nº. 129, p. 1205-1222, out.-dez. 2014.
• CAVALIERE. Ana Maria. Educação Integral: Uma nova identidade para a escola brasileira. In. Revista Educ. Soc., Campinas, vol. 23, n. 81, p. 247-270, dez. 2002.
• DOURADO, Luiz Fernandes. OLIVEIRA, João Ferreira de. SANTOS, Catarina de Almeida. A Qualidade da Educação: conceitos e definições. Brasilia: ed.Inep/MEC, 65p.série documental. Textos e Discussões, 2007.
• DOURADO, Luiz Fernandes. OLIVEIRA, João Ferreira de. A qualidade da educação:perspectivas e desafios. Cad.Cedes, Campinas. Vol.29, n.78, p. 201-215, maio/ago. 2009.
• GADOTTI, Moacir. Educação Integral no Brasil: Inovações em processo. São Paulo: Ed. e Livraria Paulo Freire, 2013.
• GADOTTI, Moacir . Qualidade na Educação: Uma nova abordagem. São Paulo: Ed. e Livraria Paulo Freire, 2010.
• MOLL, Jaqueline. A agenda da educação integral: compromissos para sua consolidação como política pública. In. Caminhos da Educação Integral no Brasil: direito a outros tempos e espações educativos [et al]. Porto Alegre: Penso, 2012. p. 129-146.
• MOLL, Jaqueline.Salto para o Futuro: Educação Integral. Ano XVIII boletim 13 – 08/2008. Disponível em: www.ufrgs.br/projetossociais/biblioteca/4. Acesso em: 12 ago. 2019.
• PARO, Vitor Henrique. Qualidade no ensino: contribuição dos pais. 2.ed. rev. São Paulo:Intermeios, 2018.
• PARO, Vitor Henrique. Gestão escolar, Democracia e Qualidade do Ensino. 2 ed. rev. São Paulo:Intermeios, 2018.